Sindicato dos Jornalistas e Fenaj repudiam ataques a repórter em ato bolsonarista
Roberta Jansen
24/05/2021 08h16Atualizada em 24/05/2021 08h18
O SJPMRJ (Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Município do Rio) e a Fenaj (Federação Nacional dos Jornalistas) repudiaram os ataques ao repórter da CNN Pedro Duran durante a cobertura da manifestação promovida na manhã de ontem no Rio de Janeiro pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido).
O repórter foi impedido de exercer sua função profissional e teve que ser escoltado por policiais militares para escapar dos manifestantes.
Segundo a nota, "em mais uma manifestação de truculência, intransigência, absoluto desrespeito com a atividade jornalística e a liberdade de imprensa e de expressão, grupos bolsonaristas atacaram hoje" o repórter da CNN. O Relatório da Violência contra Jornalista e Liberdade de Imprensa - 2020, produzido pela Fenaj, mostra que nos dois últimos anos é crescente a insegurança para o exercício da profissão de jornalista no Brasil.
Os ataques que profissionais de imprensa vêm sofrendo por parte de grupos de apoiadores do presidente passaram a ser frequentes e, lamentavelmente, são alimentados por Jair Bolsonaro, diz o comunicado.
"Diante dos graves fatos registrados nessa manhã, o SJPMRJ e a FENAJ cobram das autoridades do município do Rio as providências necessárias no sentido de punir os responsáveis pela manifestação, que desrespeitou todas as medidas sanitárias de combate à pandemia e pôs em risco a vida de milhares de cidadãos cariocas", pediu a nota oficial.
E ainda: "A liberdade de imprensa é um dos pilares da Democracia. E dela jamais abriremos mão."