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Príncipe Harry promete revelar 'erros e lições aprendidas' em livro de memórias

Príncipe Harry em abril de 2021 - PA Media
Príncipe Harry em abril de 2021 Imagem: PA Media

George Bowden

Da BBC News

20/07/2021 12h09Atualizada em 20/07/2021 12h09

O príncipe Harry vai compartilhar "erros e lições aprendidas" durante sua vida em um livro de memórias que está previsto para ser publicado no próximo ano.

Ao anunciar o acordo com a editora Penguin Random House, o duque de Sussex disse que ele refletiria "os altos e baixos" e seria "preciso e totalmente verdadeiro".

Harry, que ao lado de sua esposa Meghan se afastou dos deveres reais no ano passado, vai doar os lucros para instituições de caridade.

A BBC apurou que o duque conversou recentemente em particular com sua família sobre a produção do livro.

Um porta-voz do duque acrescentou que não se espera que ele obtenha permissão do Palácio de Buckingham para o projeto.

Eles não deram detalhes adicionais sobre a parcela dos lucros que seria doada para instituições de caridade. E a Penguin não divulgou os termos do acordo, que inclui um audiolivro e direitos internacionais.

"Não estou escrevendo isto como o príncipe que nasci, mas como o homem que me tornei", disse o duque, de 36 anos, em um comunicado.

Ele acrescentou: "Usei muitos chapéus ao longo dos anos, tanto de forma literal quanto figurativa, e minha esperança é que, ao contar minha história — os altos e baixos, os erros, as lições aprendidas — eu possa ajudar a mostrar que não importa de onde a gente vem, temos mais em comum do que pensamos."

"Estou profundamente grato pela oportunidade de compartilhar o que aprendi ao longo da minha vida até agora e animado para que as pessoas leiam um relato em primeira mão de minha vida que seja preciso e totalmente verdadeiro."

Markus Dohle, da Penguin Random House, disse que o duque está entre "líderes mundiais, ícones e agentes de transformação que tivemos o privilégio de publicar ao longo dos anos".

Príncipe Harry - Getty Images - Getty Images
O filho do casal, Archie, nasceu no Reino Unido antes de se mudarem para os Estados Unidos
Imagem: Getty Images

Um comunicado de imprensa descreveu o livro como "íntimo e sincero" e "honesto e comovente". E acrescentou: "O príncipe Harry vai oferecer um retrato pessoal honesto e cativante, que mostra aos leitores que por trás de tudo que eles pensam que sabem está uma história humana inspiradora e corajosa".

No Reino Unido, os tabloides destacaram que Harry teria escrito o livro de forma "secreta" e questionam os impactos da publicação dessas memórias para a família real.

O Daily Mail diz que assessores reais temem mais "bombas" e o The Sun publicou a avaliação de um especialista em família real de que, após o anúncio bombástico do livro de Harry, a filha do casal, Lilibet, não deve ser batizada no Castelo de Windsor.

O The Mirror diz que o livro de Harry despertou "tsunami de medo" nos círculos reais - informação atribuída a uma fonte interna. Também traz a avaliação de um analista de que o livro apenas "levará ao conflito" e pode ser "extremamente prejudicial" para a família real e a monarquia.

Harry e Meghan anunciaram, no início de 2020, que se afastariam de seus deveres como parte da família real britânica e hoje vivem nos Estados Unidos. Os tabloides, e a cobertura que eles fazem principalmente em relação a Meghan, são alvo de críticas do casal.

Meghan escreve livro infantil

O duque e a duquesa de Sussex criaram uma organização chamada Archewell, que possui um braço de produção junto a uma fundação sem fins lucrativos.

Em maio, foi anunciado que a duquesa de Sussex publicaria um livro infantil, com a mesma editora: The Bench (O Banco, em tradução livre), sobre as relações pai-filho, vistas pelos olhos de mães. Acredita-se que foi inspirado pelo vínculo entre Harry e seu filho.

Harry e Meghan, de 39 anos, agora moram nos Estados Unidos com seu filho Archie, de dois anos, e sua filha Lilibet, que nasceu na Califórnia, em 4 de junho.

No início deste mês, o duque se juntou a seu irmão mais velho, o duque de Cambridge, no Palácio de Kensington, em Londres, para inaugurar uma estátua de Diana, princesa de Gales, no que seria o 60º aniversário de sua mãe.

Harry havia falado anteriormente sobre o que ele descreveu como a relutância de sua família em falar sobre a morte de sua mãe e sobre uso de bebida para lidar com a dor de perdê-la.

Ele também disse que queria "quebrar o ciclo" de "dor e sofrimento" de sua educação com seus próprios filhos.