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Ricardo Feltrin

TV Escola ganha apoio no Senado e de outras TVs educativas

TV Escola (Reprodução). - TV Escola (Reprodução).
TV Escola (Reprodução). Imagem: TV Escola (Reprodução).

Colunista do UOL

26/12/2019 07h20

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Resumo da notícia

  • Sem explicações, governo decidiu extinguir contrato com TV Escola
  • TV é uma das únicas a transmitir em linguagem para surdos
  • Senador e outras TVs públicas se solidarizam e oferecem apoio

A decisão do presidente Jair Bolsonaro em encerrar o contrato entre o MEC (Ministério da Educação) e a Associação de Comunicação Roquette Pinto (Acerp) está mobilizando congressistas, educadores e até outras emissoras educativas espalhadas país afora contra essa decisão.

Todos se uniram em torno da defesa da TV Escola, uma das únicas ilhas de "excelência " educacional da TV pública brasileira, e sem viés ideológico.

Cerca de Duas semanas atrás funcionários da Acerp foram expulsos do MEC por ordem do atabalhoado ministro da Educação Abraham Weintraub.

Com cerca de 365 funcionários e colaboradores, a TV Escola e sua co-emissora, a TV Ines, única voltada exclusivamente para a comunidade surda do país.

A programação da TV Escola é voltada não apenas para professores e alunos, mas para a família de forma geral.

No último 17, na tribuna do Senado, o senador Eduardo Girão (Podemos-CE) apelou em plenário para que o MEC reveja a decisão de extinguir o contrato com a Acerp e extinguir a TV Escola e TV Ines.

"A TV Escola acumula em seu acervo histórico vários prêmios, inclusive internacionais —reconhecimento público de sua importante missão", disse o senador cearense.

Além do apoio político, a direção da TV Escola vem recebendo ofertas de apoio material de muitas outras TVs educativas país afora, interessadas em manter o legado e a programação da emissora pública.

Enquanto o governo Bolsonaro tenta destruir a TV Escola —que não mantém nenhum vínculo com a "aparelhada" EBC, investe em programação chapa-branca e enaltecendo ao seu próprio governo e feitos em outras duas emissoras —igualmente sem público: as TVs Brasil 1 e 2 (antiga NBR).

Só a TV Brasil custa em média, por ano, estimados R$ 500 milhões. Já o orçamento da TV Escola não passa de R$ 70 milhões anuais.

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