De volta ao SBT, Ratinho se desculpa por perder a voz e ignora condenação
O apresentador Ratinho voltou a comandar seu programa no SBT na noite desta segunda-feira (18). Recuperado, ele pediu desculpas por ter perdido a voz na semana passada, porém não se pronunciou sobre ter sido condenado a pagar indenização de R$ 200 mil por violar leis trabalhistas em sua antiga fazenda, localizada em Limeira do Oeste (MG).
"Na semana passada, quero pedir desculpas porque eu não estava conseguindo falar. A gente foi improvisando o programa para ver se dava certo e acabou dando certo, a gente é um time que funciona muito bem", disse o apresentador na abertura do programa.
Bem-humorado, Ratinho brincou com a chamada veiculada pelo SBT exigindo o retorno do apresentador "Botaram uma chamada me convocando, exigindo atestado, e o meu contrato nada. Ei, [Fernando] Pelegio [diretor artístico do SBT], cadê meu contrato? A Globo me chamou! De filho da p...". Depois, mostrou atestados falsos do coração, do fígado, da voz, dos pulmões e da próstata.
Carlos Massa não apresentava seu programa desde a última terça. Na segunda passada, tentou comandar o "Programa do Ratinho" afônico e foi ajudado pelos colegas Milene Pavorô e Santos. As últimas quatro edições foram reprises.
No final de semana, o SBT emitiu um comunicado, em tom de brincadeira, no qual convoca Ratinho para o retorno ao comando do seu programa na emissora: "Comunicado ao apresentador Carlos Massa, vulgo Ratinho! A diretoria do SBT exige o seu comparecimento impreterivelmente nesta segunda para cumprir com as suas obrigações".
Segundo o jornalista Flávio Ricco, do UOL, Ratinho contraiu forte gripe e seu retorno ao ar nesta segunda não estava assegurado.
Condenação por violar leis trabalhistas
Carlos Massa foi condenado em terceira instância a pagar indenização de R$ 200 mil por violar leis trabalhistas, como não conceder intervalo para repouso e alimentação, não fornecimento de equipamentos de proteção individuais adequados e contratações irregulares, em sua antiga fazenda em Limeira do Oeste (MG).
O caso foi julgado no TST (Tribunal Superior do Trabalho) pela ministra Dora Maria da Costa, após uma ação do Ministério Público do Trabalho contra o apresentador a partir de denúncias de trabalhadores no início de 2010. Segundo a defesa de Ratinho, ele era sócio da propriedade e vendeu a sua parte em abril do mesmo ano.
De acordo com o processo de número 690-88.2010.5.03.0157, foram constatadas as seguintes irregularidades: "Inobservância de normas trabalhistas de natureza cogente relativas à saúde e à segurança do trabalho, porquanto não foram asseguradas condições mínimas de trabalho, com a concessão de intervalo para repouso e alimentação, o não fornecimento de equipamentos de proteção individuais adequados e a configuração do aliciamento de trabalhadores por meio de ‘gatos’, em efetiva contratação irregular de mão de obra, sem observar as garantias mínimas legais".
A defesa negou que Ratinho tenha sido condenado por trabalho análogo à escravidão: "Existe uma condenação pelo descumprimento de três aspectos da legislação trabalhista, mas não por reconhecimento de trabalho análogo à condição de escravo, uma das denúncias do Ministério Público. Isso é um absurdo, não existe".
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