Recusou cachê de 70 mil! "Não quero viver na sombra do BBB", diz Ana Clara
Ana Clara Lima não levou R$ 1,5 milhão no "Big Brother" deste ano, mas foi, sem dúvida, a grande vencedora da edição. Dois meses depois de sair do programa, no qual seguiu até a final ao lado do pai, Ayrton, a ruiva está feliz da vida.
Agora, é ao lado da mãe e mentora, Eva, que ela sempre está. A ideia é fazer carreira na área do entretenimento, sem carregar o rótulo de ex-BBB. O primeiro passo: nada de presença VIP, o jeito mais rápido de ganhar dinheiro como uma ex-participante do programa.
"Não quero ficar na sombra do 'Big Brother'. Ele é uma árvore que tem uma sombra. Presença VIP é a sombra do 'BBB'. Eu quero ir para o sol", comparou. "Quero ser a árvore. Não estou desmerecendo, cada um tem seu propósito."
"Seleciono muito bem os trabalhos. As pessoas pensam que estou ganhando rios de dinheiro, e não estou. Me importo muito com minha imagem", explica.
Nesta semana, um caso inusitado expôs como os brothers monetizam em suas redes sociais. Lucas Fernandes e Wagner Santiago, ambos colegas de confinamento de Ana Clara, receberam dinheiro para fazer propaganda de uma mãe de santo em suas redes sociais. A farsa foi revelada e, claro, os poderes de Mãe Letícia e a integridade deles ficaram sob suspeita.
"É muito importante me vincular a marcas e empresas com bom nome e imagem. Reconheço que o 'BBB' me abriu uma porta, nunca vou deixar de reconhecer, mas quero escancarar essa porta." Desde que saiu da casa, ela fez campanhas para o Google e para a Quem Disse, Berenice?, do Grupo Boticário.
Ana afirma que não tem medo de recusar propostas que não tenham a ver com ela, mesmo perdendo bons cachês.
Cachê de Marquezine
"Se eu não gosto, não faço. Já recusei coisas, mesmo perdendo um dinheirão incrível. Já me ofereceram R$ 70 mil para ir a um lugar e eu não quis." O valor é até maior que o cobrado por Bruna Marquezine para participar de um evento.
"Queremos uma carreira para ela que seja sustentável. Não quero que ao final dos 12 meses a fama pós-BBB morra. Todos os negócios e acordos que estamos fazendo é visando o futuro. Tem que ser bom para ela e para as marcas. Tem muita coisa por vir", analisa a mãe.
Foi Eva quem negociou, durante semanas, esta entrevista ao UOL. O encontro ocorreu no badalado salão de Celso Kamura, no Village Mall, shopping da elite carioca, que reúne grife internacionais. O local foi escolhido por ser mais tranquilo, já que está cada vez mais difícil circular em lugares muito movimentados.
"Sinto falta de poder sair com meus amigos para qualquer lugar. Graças a Deus eles são incríveis e vão à minha casa. Não é porque ‘ai sou a Beyoncé’. É que não me sinto confortável de não poder atender bem as pessoas. Se eu for a uma boate, não vou conseguir curtir, dançar porque sempre vai ter alguém assim [faz uma cara de pessoa que fica observando outra]. Não é presunção, faz parte", disse.
O hairstylist Otávio Lameiro, que cuida dos cabelos e da make de Ana sem custos, lembrou da primeira vez em que ela esteve no salão.
"Se formou uma fila na porta. Até famosas vieram tietá-la. Ela é muito jovem e descolada", elogia.
A ex-BBB tem empresária, mas é a mãe quem ajuda a moça a "arquitetar" a carreira. Formada em marketing com especialização em negócios na Universidade Harvard, Eva fez o planejamento e a administração das redes sociais da filha quando ela e o pai ainda estavam confinados. Foi nesse momento que ela percebeu o potencial da filha.
"O que ela quer investir mais é na carreira de apresentadora. Os trabalhos têm que ter alguma afinidade com o que ela gosta e quer fazer no futuro. Por exemplo, ela gosta muito de livros, tem fascínio. Se viesse um convite da Bienal em São Paulo, seria bem-vindo", exemplifica.
A ruiva é disparada a mais popular da edição do "BBB" deste ano. Em seu perfil do Instagram, ela soma 6,8 milhões de seguidores, mais do que a atriz Carolina Dieckmann e pouco menos do que Xuxa.
Contrato com a Globo
Graças a essa popularidade, ela fará até dezembro na Globo a cobertura das seletivas da próxima edição do reality show em todas as capitais do país. O conteúdo é publicado nas redes sociais oficiais do "BBB". É a primeira vez que a emissora faz a abertura do processo de seleção dos candidatos.
Ana faz os vídeos com a mesma espontaneidade vista em suas redes sociais, sem roteiro. As primeiras cidades foram Rio Branco, no Acre, e em Goiânia.
"Falo com as pessoas nas filas. Vejo o estilo delas, quais as novidades de cada Estado. É para conhecer mesmo os candidatos. Está sendo bem legal", comemora.
Além das seletivas, Ana já participou de várias edições do "Vídeo Show", o que levantou especulações de que ela iria ser repórter ou mesmo apresentar o programa. No entanto, ela nega que vá para alguma produção da Globo.
"Tenho contrato normal com o 'BBB' de um ano. Não tenho nenhum trabalho com eles [Globo]. Especulam muito. Não houve convite", enfatizou, deixando claro que a vontade existe.
"Eu almejo realmente uma carreira como atriz, apresentadora. Sou comunicadora, cheguei a essa conclusão. Sempre tive essa veia, mas não tinha essa percepção de mim mesma até o 'BBB'." Antes de entrar na casa, ela fazia faculdade de jornalismo, mas também já fez curso de marketing e artes cênicas.
Falta de banho
Com os antigos parceiros de programa, Ana diz manter contato somente com Gleici e Mahmoud, que se tornaram seus grandes amigos. Sobre os demais, ela garante não ter atrito, mas também não teve mais convivência.
"A Gleici está morando no Rio, estamos próximas. O Mahmoud vem sempre, morou com minha mãe quando saiu do programa. Os outros moram longe. Se alguém estivesse no Rio e me chamasse para jantar, tudo bem", afirmou.
Das polêmicas da casa, Ana sofreu bullying dos amigos por conta das ocasiões em que ficou sem tomar banho e seu quase relacionamento com Breno.
"Me zoam muito, falam que o feitiço virou contra o feiticeiro porque sempre fui muito chata com banho. Odeio que minhas amigas durmam em casa sem tomar banho antes de deitar. Não tem o menor cabimento dizer que eu não tomo banho, eu tomo!"
"E me zoaram [sobre o Breno] porque nunca fui uma pessoa de relacionamento, de sofrência, mas é confinamento, é diferente", contou.
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