Anti-LGBTQ e ligação com milícias: como a Fox News apresentou Bolsonaro
A Fox News exibiu ontem uma entrevista com o presidente Jair Bolsonaro (PSL). A âncora da emissora norte-americana destacou que poucos líderes mundiais tentaram se aproximar tanto do discurso do presidente Donald Trump quanto Bolsonaro e falou sobre como o presidente brasileiro declarou que seus antecessores no cargo tinham posições "anti-americanas". O brasileiro chegou a ser chamado de "Trump dos Trópicos".
Entretanto, o canal de TV, conhecido por sua posição à direita no espectro político, também falou sobre comentários de Bolsonaro contra a comunidade LGBT e destacou as supostas relações da família do presidente com "policiais corruptos e gangues paramilitares" (as milícias no Rio de Janeiro).
"O capitão de exército de extrema-direita tem uma longa história de comentários que são antagônicos a valores americanos, especialmente quando se fala da comunidade LGBT. Bolsonaro já estimulou violência contra brasileiros LGBTQ. Mas são as suas relações e de sua família com policiais corruptos e gangues paramilitares que estão sendo manchete agora. Semana passada dois ex-policiais foram presos pelo assassinato de uma vereadora no ano passado e a mídia brasileira tem publicado fotos de Bolsonaro de braços dados com um dos suspeitos", afirmou a apresentadora Kristin Fischer.
Em entrevista à Fox News, Bolsonaro rebateu acusações de que teria ligação com milícia e a morte da vereadora do Rio de Janeiro Marielle Franco.
"Sou um capitão do Exército brasileiro e parte dos oficiais da polícia do Rio de Janeiro são grandes amigos meus. Por coincidência, um desses suspeitos de ter matado a Marielle não era na verdade vizinho meu, mas morava do outro lado de uma outra rua [do condomínio]. Mas, a mídia sempre me criticou e estabeleceu uma conexão", afirmou.
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