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Danilo Gentili agradece apoio de Bolsonaro após condenação: "Honrado"

Danilo Gentili foi condenado pela Justiça - Lourival Ribeiro/SBT
Danilo Gentili foi condenado pela Justiça Imagem: Lourival Ribeiro/SBT

Guilherme Machado

Do UOL, em São Paulo

11/04/2019 12h18

Após ser condenado por injúria contra a deputada Maria do Rosário (PT-RS), Danilo Gentili recebeu o apoio do presidente Jair Bolsonaro, que fez um texto ao humorista nas redes sociais. O apresentador do "The Noite", então, resolveu agradecer.

"Muito honrado! Assim como nunca imaginei um dia ser condenado à prisão por protestar contra censura nunca imaginei também contar com apoio presidencial", escreveu Danilo em seu Twitter.

Ele ainda disse que a mensagem do presidente o deixa "aliviado", sendo que entende que o post "significa um registro do compromisso do governo com a liberdade de expressão".

Danilo Gentili foi condenado pela 5ª Vara Federal Criminal de São Paulo a 6 meses e 28 dias de detenção, em regime inicial semiaberto. Gentili poderá recorrer da sentença em liberdade.

Em 2016, Danilo Gentili publicou mensagens ofensivas chamando a deputada de "nojenta", "falsa" e "cínica". Em resposta, Maria do Rosário processou o apresentador do "The Noite".

Em maio de 2017, Gentili recebeu a notificação extrajudicial do processo movido por Maria do Rosário, mas rasgou e esfregou os papéis nas partes íntimas. Na ação, ele finge surpresa com o conteúdo do envelope e destaca o termo "puta" da palavra deputada. O vídeo foi publicado nas redes sociais.

A defesa alegou que o humorista não teve a intenção de atacar Maria do Rosário, mas a juíza Maria Isabel do Prado não reconheceu o argumento.

Na decisão, a juíza ressalta o direito à liberdade de expressão, mas pontua que quando alguém ultrapassa a linha da ética, "surge no Estado de Direito a tutela penal como legítimo instrumento de contenção contra o uso abusivo da liberdade de expressão."

"Verifico que o humorista e apresentador dolosamente injuriou através da internet a deputada federal, ofendendo-lhe a dignidade ou o decoro, atribuindo-lhe a alcunha de 'puta'", escreveu a magistrada na sentença.