Marjorie Estiano fala de exaustão no 3º ano de "Sob Pressão": "Pesadelos"
A terceira e última temporada de "Sob Pressão" estreia dia 2 de maio na Globo, após um período longo de gravações em cenas pesadas. Desta vez, os protagonistas Evandro (Julio Andrade) e Carolina (Marjorie Estiano) começam como socorristas do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) com pacientes em estado crítico, o que acaba abalando emocionalmente o elenco.
"Eu não renovava a energia, eu deixava aquilo pesar. Acumular isso foi muito desgastante, ficava exaurida. No final da temporada, eu estava com pesadelos, não estava dormindo, estava junto daquele processo de exaustão, é o que mais me marca. Eu fiz três temporadas, fico imaginando um médico que passa uma vida tendo essa realidade", conta Marjorie.
Além da parte psicológica, as cenas com muitas ações, correrias e peso, trazem também um cansaço físico.
"A gente tem sempre um apelo físico grande, de pega, puxa, corre, colocar na maca. Lá no final quando juntou a física e a psicológica foi pra mim o ápice da terceira temporada. Os últimos episódios eram os mais desgastantes", completa a atriz.
Marjorie conta que precisou buscar ajuda para aliviar a mente."Fiz análise, talvez eu tenha feito uma sessão a mais. Nunca tinha ficado um ano inteiro com 'Sob Pressão', juntamos a gravação da segunda temporada com a terceira. Eu ainda estava entendendo o que estava acontecendo e o que gerava esse desgaste em mim".
O retorno e identificação do público é imediato. Marjorie recebeu muitas mensagens de pessoas que sofreram traumas semelhantes como o da sua personagem no passado. Carolina denunciou seu pai por abuso sexual.
"O público dela é muito grande e o local em que apita dentro do espectador é muito sensível, muito próprio. As pessoas que sofreram abuso sexual e outras que se automutilavam, elas se sentiram vistas, percebidas e respeitadas. A Carolina não se vitimizava, não era uma pessoa frágil. Era uma pessoa que estava ali lutando, seguindo, isso fortalece, inspira".
A atriz diz que recebe feedback de médicos sobre sua atuação na série. "São orientações valiosas. Das pessoas que frequentam essa realidade com propriedade do lado dos pacientes quanto dos médicos. São sempre de muita identificação, de muita admiração, percebendo a realidade em que ele vive com o qual ele faz parte. É um trabalho que insere de uma maneira integral. O retorno é sempre positivo. Mesmo nos aspectos negativos de denúncia, quando a gente mostra a realidade dos brasileiros".
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