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Velório de Lúcio Mauro será aberto ao público no Rio de Janeiro

Paulo Pacheco

Do UOL, em São Paulo

12/05/2019 12h00

O velório de Lúcio Mauro será realizado amanhã, a partir das 9h, no Theatro Municipal do Rio de Janeiro, e será aberto ao público. O ator e comediante morreu na noite de ontem, aos 92 anos, de falência múltipla de órgãos. A família não divulgou informações do enterro.

Lúcio Mauro estava internado havia quatro meses na clínica São Vicente, no Rio de Janeiro, com problemas respiratórios. O filho do ator, Lúcio Mauro Filho, detalhou o estado de saúde do pai em seu texto de despedida, publicado em sua rede social.

"Há três anos ele sofreu um AVC. Foi forte e resistiu. Mas já não era a mesma coisa. Preso a uma HomeCare, ele lutou até suas últimas forças. Ainda teve a alegria de conhecer Liz, a neta inesperada que chegou para promover o ciclo da vida. Estava internado havia quase quatro meses. A esticada foi longa e sofrida. Agora só restava o descanso que ele tanto merece. Meus agradecimentos a todos os funcionários da clínica São Vicente, onde papai sempre foi cuidado com carinho e profissionalismo. À Rede Globo pela parceria e lealdade. Nós ficamos por aqui, celebrando sua existência e seguindo com seu legado", escreveu.

Um dos grandes nomes do humor brasileiro, Lúcio de Barros Barbalho nasceu em Belém (PA) em 14 de março de 1927. Ele iniciou sua carreira profissional em Recife (PE), na companhia teatral do ator Mário Salaberry, após anos atuando em produções estudantis.

Sua estreia na TV veio em 1960, no humorístico "Beco sem Saída", da TV Rádio Clube de Pernambuco. Pouco depois, ele se mudou para o Rio de Janeiro e trabalhou na TV Rio e na TV Tupi, onde dirigiu a produção "A, E, I, O... Urca!" e estrelou, ao lado de sua então mulher Arlete Salles, o programa "I Love Lúcio".

Em 1966, Lúcio Mauro migrou para a Globo. Seu primeiro trabalho na casa foi em "TV0-TV1", humorístico que fazia paródias da TV brasileira e contava com a presença de Jô Soares e Agildo Ribeiro. Dois anos depois, dirigiu "Balança, Mas Não Cai", em que criou seu primeiro quadro famoso "Ofélia e Fernandinho" --que mais tarde seria revivido em "Os Trapalhões" (1989) e no "Zorra Total" (1999).

Lúcio Mauro teve como grande amigo e parceiro na TV o também humorista Chico Anysio. Os dois se conheceram em Recife, na Rádio Clube de Pernambuco, e levaram adiante uma amizade "de irmãos". Eles atuaram juntos em vários programas, como "Chico City" (1973), "Chico Anysio Show" (1982), "Chico Total" (1996) e "A Escolinha do Professor Raimundo" (1990), na qual Lúcio Mauro fez sucesso no papel de Aldemar Vigário.

O comediante deixa a mulher, Luiza Barbalho, com quem ficou casado durante mais de 40 anos e com quem teve três filhos: Luly Barbalho, Lúcio Mauro Filho e Luanna Barbalho. Ele teve ainda outros dois filhos, Alexandre Barbalho e Gilberto Salles, do casamento com Arlete Salles. Lúcio Mauro tinha cinco netos.