Falabella diz que não pretende renovar com a Globo: "Quero liberdade"
Ator e autor com uma extensa lista de trabalhos na Globo, Miguel Falabella não pretende renovar o contrato de exclusividade com a emissora ao final da vigência, em um ano e meio. Em conversa com o UOL no 47º Festival de Gramado, onde lançou seu longa Veneza, Falabella disse se sentir preso, já que o contrato o impede de negociar projetos com outros veículos.
"Acho que não quero renovar porque eu fico muito preso e quero liberdade. Se eles dizem não a um projeto meu, não tenho outra porta para bater", disse ele ao comentar sobre a série "Eu, Minha Vó e a Boi", que deve estrear em novembro no Globoplay e depois será exibida na TV aberta.
"Ainda não sei o que vai acontecer com a série, se vai haver uma segunda temporada, porque o diretor da Globoplay foi para a Amazon... Ele adorava o projeto. E não posso levar projetos para outros lugares por causa do meu contrato com a Globo. Mas ele acaba daqui a um ano e meio", explicou.
Inspirada em uma história viral contada por um usuário no Twitter, Eduardo Almeida, em junho de 2017, "Eu, Minha Vó e a Boi" narrará a rivalidade entre duas avós vizinhas, interpretadas por Arlete Salles e Vera Holtz. A primeira temporada, já pronta, tem 12 episódios.
"Uma chega a por uma câmera para vigiar quem está roubando a sua roupa no varal. Sai de casa com uma espingarda e atira na direção da casa da outra. Todos os moradores se comportam assim. Há meninas de 16 anos que se expõe na internet e se prostituem, velhas que pagam programas com garotos. Um mundo louco", conta Falabella, que disse ter sido apresentado à história no Twitter por Gloria Perez.
"Queria falar desse momento que estamos vivendo, dessa violência, desse pensamento de extrema direita brutal", completou.
"Nem se mexeram"
Falabella, que revelou ao UOL ter aceitado atuar em Sai de Baixo: O Filme para poder negociar com a Globo a filmagem do drama Veneza, não disfarçou seu desapontamento com o que vê como falta de atenção da emissora aos seus projetos.
"A verdade é que agora eles estão me olhando melhor, porque gostaram de Veneza. Antes de o filme ficar pronto, não me davam a menor confiança. Várias vezes liguei pedindo ajuda, inclusive no momento em que a Ancine (Agência Nacional do Cinema) não liberou uma parte do orçamento. Mas eles nem se mexeram. Tive que colocar do meu bolso, e depois pegar o dinheiro com a agência", contou.
"Agora, com o filme pronto, eles estão se coçando. Mas não sei como vai ser no futuro. Sou como o Salgueiro: não sou melhor, nem pior, sou diferente. Tenho uma pegada minha".
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