Pannunzio nega que foi demitido por polêmica com secretário de Bolsonaro

O jornalista Fábio Pannunzio, que informou sua saída da Band ontem no Twitter, afirmou que a demissão estava planejada e não teve ligação com a polêmica envolvendo Fabio Wajngarten, chefe da Secom (Secretaria de Comunicação Social) do governo Bolsonaro.

Na mensagem, o apresentador, crítico ao atual governo, diz ainda que as supostas mensagens enviadas por Wajngarten à redação da Band eram motivo de piada nos corredores da emissora.

O comunicado de Pannunzio aos seus seguidores acontece após internautas relacionarem à demissão ao fato de o jornalista e o chefe da Secom discutirem há alguns dias na rede social:

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Entenda a polêmica

Tudo começou após Wajngarten criticar, no Twitter, institutos de pesquisa. Na segunda-feira (2), mesmo dia em que foi divulgado um estudo da Datafolha com aumento na reprovação ao governo Bolsonaro, o chefe da Secom comentou que é "inaceitável um instituto de pesquisa pertencer à um grupo de comunicação":

Pouco mais de uma hora depois, Pannunzio respondeu à mensagem e disse que Wajngarten pedia "a cabeça de jornalistas":

Rapidamente, o chefe da Secom propôs um desafio ao jornalista: "Pergunte ao seu chefe Paulo Saad, Johny, Marcelo D'angelo, se ele confirma isso. Se ele confirmar eu me demito. Se ele negar vc se demite, fechado?". O apresentador aceitou o "convite" e disse: "Pode ir limpando as gavetas":

Ontem, Pannunzio divulgou que está fora da Band depois de mais de 20 anos:

Pouco antes de revelar que a demissão não teve relação com a discussão, o apresentador mandou uma mensagem para Wajngarten: "E aí, já arrumou as gavetas?":

Até às 11h de hoje, o chefe da Secom não havia comentado a saída de Pannunzio e não respondeu mais o apresentador. A única publicação do dia no Twitter de Wajngarten foi em relação à morte do filho de Cafu.