Após 20 anos de casa, Fábio Pannunzio deixa a TV Bandeirantes
Fábio Pannunzio acaba de negociar a sua saída da Band. Uma saída amistosa, que não foi determinada por quaisquer outras questões profissionais, muito menos de ordem política:
"Apesar das minhas críticas, especialmente ao atual governo, não foi por causa disso. Saio para cuidar da saúde", diz o jornalista à coluna.
Pannunzio, em 2 de agosto passado, passou por um problema sério no coração, saiu praticamente da bancada direto para o hospital. Ficou um mês afastado, tratando deste problema.
Agora, recuperado, decidiu mudar completamente os seus hábitos, que incluem horários de trabalho. Durante todos esses anos, ele foi o apresentador do "Jornal da Noite", informativo levado ao ar normalmente na faixa da meia-noite.
Foi ele o escolhido para substituir Boris Casoy, em setembro de 2016, quando este deixou a emissora e acertou sua transferência para a Rede TV!.
Hoje, quarta-feira, foi o seu último dia.
Os planos para daqui em diante já existem e entre eles se incluem uma Web TV, que irá receber o nome de PRK 30 ou TV Galena. Os dois estão registrados. Só não existe ainda a definição de qual será.
Em uma carreira importante no jornalismo, Pannunzio, em março de 1984, ingressou na TV Globo como repórter, onde permaneceu por mais de 15 anos. Destacou-se em reportagens policiais e investigativas, entre elas, a fuga do empresário PC Farias, no Cone Sul, e localizou o paradeiro da fraudadora da Previdência Social, Georgina de Freitas, na Costa Rica.
Em sua primeira passagem na Bandeirantes, em abril de 1992, foi apresentador do "Canal Livre" e "Band Eleições". E voltou a trabalhar na mesma casa em 1999, onde ficou até agora.
Além de conceder entrevista a este espaço, Pannunzio também se manifestou por meio de rede social sobre sua saída da Band. Veja a sequência:
"Amigos, comunico a vocês que estou deixando a Rede Bandeirantes depois de mais de duas décadas de uma relação muito produtiva e feliz. Saio para cuidar da saúde porque preciso ter, por recomendação médica, uma vida menos tensa e mais pacata".
"Quero agradecer aos meus colegas e chefes, sempre leais e corretos. Especialmente ao Johnny [Saad, presidente do Grupo Band], um patrão excepcional que (quase) sempre me permitiu fazer loucuras inimagináveis em outras redações. Digo com muito orgulho que a Band é o lugar mais seguro para um jornalista trabalhar".
"Saio, mas não saio de tudo. O Mitre [Fernando, diretor de Jornalismo] já me avisou que vai precisar de mim na produção de séries especiais de reportagem, e é claro que eu as farei. Especialmente quando o tema for respeito humano, meio ambiente, combate ao autoritarismo, homofobia, racismo e coisas afins.
"A Band me deu uma carreira que eu jamais teria conseguido repetir em outro lugar. Me deu dois prêmios Esso e muitos outros, inclusive internacionais. Tenho orgulho desse reconhecimento. Como eu disse antes, em outro lugar não teria sido possível".
"Vou reencontrar vocês na internet em um projeto fantástico cujo nome provisório é PRK30. Mas vocês vão me ajudar a construir a proposta e o nome. Falamos depois sobre isto".
* Colaborou José Carlos Nery
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