"Ainda existem homens com essa tensão de ser o provedor", diz Calloni
Antonio Calloni vive Júlio, casado com Lola (Gloria Pires), e pai de quatro filhos: Carlos (Xande Valois/ Danilo Mesquita), Alfredo (Pedro Sol/ Nicolas Prattes), Julinho (Davi de Oliveira/André Luiz Frambach) e Isabel (Maju Lima/ Giullia Buscacio) em Éramos Seis, novela das 18h, que estreia hoje na Globo.
Chefe de família, ele trabalha como vendedor de uma loja de tecidos e se endividou ao comprar uma casa confortável para viver com a família na Avenida Angélica, zona central de São Paulo. A novela, escrita por Sílvio de Abreu e Rubens Ewald, se passa nas décadas de 20 a 40.
"A questão do machismo ainda não foi totalmente resolvida, ela melhorou. Ainda existem homens como o Júlio, com o machismo exacerbado, com essa tensão de ser o provedor", observa Calloni.
Lola, personagem de Gloria Pires, é uma típica dona de casa, que vive para cuidar dos filhos, manter a casa organizada e apoiar o marido. Apesar das muitas mudanças e espaços que as mulheres vêm conquistando no mercado de trabalho nas últimas décadas, Calloni prefere não opinar sobre esses avanços.
"Não sei quem evoluiu mais ou menos. A humanidade ganha algumas coisas, perde outras. Não acho que a mulher evoluiu mais [nas últimas década] ou o homem evoluiu mais ou menos. São seres diferentes, complementares, e é uma loucura essa coisa de achar que homem é melhor ou a mulher é melhor. Todo mundo tem problemas e todo mundo tem coisas maravilhosas independentemente do sexo", diz.
Pela segunda vez seguida, o ator fará uma participação especial em que seu personagem deixa a trama após alguns dias. Júlio terá um grava problema de saúde e morrerá após 48 capítulos. Em O Sétimo Guardião, ele participou apenas de 15 capítulos. Calloni não acha ruim trabalhar por um período mais curto em novelas.
"É uma coincidência e não reclamo não, acho ótimo. Dá pra fazer um trabalho com mais calma e mais dedicação e se eu tiver que fazer uma novela inteira, vai ser um prazer, sem problema".
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