"Vejo mais inocente morrendo do que bandido", diz ator de Cidade dos Homens
O ator Darlan Cunha, conhecido por seu papel em Cidade dos Homens, falou em entrevista à Quem sobre o que mudou, em sua perspectiva, no cenário da segurança pública do Rio de Janeiro desde o lançamento da série, em 2002.
Aos 31 anos e morando na comunidade do Vidigal, onde nasceu e foi criado, ele acredita que pouca coisa melhorou.
"Ainda passo [por violência] diariamente. Ou [se não é comigo] é com alguém que conheço, conhecido de alguém que conheço", conta. Esses dias morreu um amigo em Ipanema, durante um assalto [o amigo era o assaltante]. Mas vejo mais gente inocente morrendo do que bandido".
O ator considera que a violência policial recai especialmente sobre a população mais pobre e citou a morte da menina Ághata, de 8 anos, que morreu vítima de bala perdida dentro de uma kombi, em setembro, no Complexo do Alemão.
"Agora tem autorização para matar. Os policiais envolvidos não quiseram ir à reconstituição da morte da Ágatha. É uma loucura", criticou. "A violência também está mais exposta: as pessoas filmam, mandam pro jornal, atinge mais a mídia o que acontece com elas".
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