"Hoje em dia convivo bem com meu pânico", diz Mariana Santos
Mariana Santos falou de suas crises de pânico e ansiedade no "Conversa com Bial" desta madrugada, na TV Globo. A atriz, que já havia revelado anteriormente que lidava com a situação, disse que as primeiras sensações vieram ainda na infância e foram se agravando.
"Lembro do primeiro sintoma que algo não estava legal com 6 anos. Comecei a desenvolver pequenos medos e ansiedades. Vim pra São Paulo e o voo foi horrível, turbulento, horroroso. Me senti mal e estranha nesse voo. Depois só fui fazer outra viagem de avião com 30 anos", conta, enumerando os meios que não gosta de usar.
"Metrô, ponte, elevador, estrada, qualquer coisa que tire você do seu controle. Você entra em um túnel, não pode sair dele, tem que ultrapassa-lo; uma ponte não tem uma esquina para você virar. Eu ia passando mal no metrô, ia tendo crises de ansiedade com minha mãe, andava sempre acompanhada", relata.
"Foi ficando cada vez pior. Toda vez que tem uma crise de pânico, a gente acha que todo mundo está te vendo, mas ninguém nota, está acontecendo dentro da gente". Nos palcos ou na TV, no entanto, as crises desaparecem. "Nunca senti um pânico na frente do público. Eu preciso do trabalho para me manter sã".
Ao longo da vida, ela buscou ajuda. "Tive acompanhamento terapêutico a partir dos 7, 8 anos, com psicóloga. Depois fui fazer terapia cognitiva e comportamental, com 30 e poucos anos, porque estava me boicotando muito. Eu arrumava desculpas para tudo, tudo o que você pode fazer para ficar em casa, você faz".
Um convite para fazer a peça Atreva-se, dirigida por Jô Soares, a fez enfrentar a questão e tentar dar um basta. "Estava trabalhando mas, quanto menos, melhor. Até que veio o convite para fazer o espetáculo em São Paulo. Liguei pro terapeuta e pro psiquiatra e falei 'me dopa, me dá uma injeção para dormir e pegar o avião'. Cada vez que eu pousava era uma vitória".
Atualmente Mariana acredita lidar bem com isso. "Cada crise de pânico são pequenas mortes. Teve alguns momentos que deprimi, [pensava] por que comigo? Mas pensava 'amanhã vai ser melhor', tinha uma positividade. Hoje em dia convivo bem com meu pânico, acho que não tem cura".
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