Processo movido por Milton Gonçalves contra Paulo Betti é encerrado
Resumo da notícia
- Milton Gonçalves pediu à Justiça extinção de interpelação judicial
- Ator foi à Justiça para que Paulo Betti se explicasse sobre declaração
- Chapas de Gonçalves e Betti disputaram direção de sindicato no Rio
O processo movido pelos atores Milton Gonçalves e Jorge Coutinho contra Paulo Betti foi encerrado e será arquivado. Gonçalves e Coutinho pediram que Betti se explicasse na Justiça sobre declaração durante disputa pela presidência do Sated (Sindicato dos Artistas e Técnicos em Espetáculo de Diversões do Estado do Rio de Janeiro) em junho passado.
De acordo com o Tribunal de Justiça do Rio, o Ministério Público manifestou-se pela "ausência de interesse no feito", já que após a resposta de Betti, os requerentes "pugnaram pela extinção" do mesmo. Em documento anexado ao processo, o advogado de Milton e Coutinho informou que, mesmo que as respostas de Betti não tenham sido convincentes, os atores pediram que o processo —uma interpelação judicial— fosse extinto.
"Eles entraram com a interpelação, houve a resposta, eles foram intimados da resposta e então o processo foi extinto com resolução de mérito", disse Jéssica Caliman, advogada que representa Paulo Betti.
A assessoria de Milton Gonçalves diz que o processo foi finalizado e encerraram o assunto. "Entre Milton e Paulo está tudo resolvido e finalizado".
Entenda o caso
Betti era integrante da chapa que concorria contra Gonçalves e Coutinho pela presidência do Sated. A chapa de Gonçalves e Coutinho venceu a disputa em julho.
O mal-estar entre os atores começou em abril, quando Paulo publicou em um grupo de Whatsapp.
"A atual diretoria do sindicato está lá há muito tempo e tem uma forte representação negra com Jorge Coutinho e o grande Milton Gonçalves, além do querido Cosme. Isso complica bastante a luta, pois pode confundir as coisas".
Milton Gonçalves moveu então o processo contra Paulo Betti, conforme informou o site F5, parceiro do UOL. A ação dizia que a fala do ator acarreta interpretação "imprópria e infeliz" e faz "distinção entre negros e brancos".
Na ocasião, Betti se defendeu. "É uma acusação muito grave. Eu não sou racista. Pelo menos até onde eu saiba, a minha história não diz isso, eu nunca me considerei", disse ele ao UOL.
Denominada "Renovação e Transparência", a chapa criada por Betti para fazer frente a Milton Gonçalves era composta por Tonico Pereira, Zezé Polessa, entre outros. Já a chapa União e Determinação contava, além de Gonçalves, com nomes como Ruth Souza e Carlos Vereza.
Em meio à polêmica, Paulo Betti recebeu apoio de artistas e colegas de sua chapa.
Dadá Coelho, mulher de Paulo Betti, compartilhou uma publicação de Caio Blat em defesa do colega. "Amigos, a causa racista é legítima e não pode NUNCA, jamais em tempo algum, ser usada de forma leviana e oportunista. Como diz Angela Davis: 'Numa sociedade racista, não basta não ser racista. É necessário ser antirracista'", comentou Dadá, que ganhou apoio da atriz Luisa Arraes.
As atrizes Julia Lemmertz e Deborah Evelyn também publicaram em suas redes sociais um texto da chapa Renovação e Transparência em defesa de Betti.
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