Valéria Valenssa: "Sou mais que samba no pé, agora tenho microfone na mão"
Há três meses na Record, a ex-Globeleza Valéria Valenssa ganhou status de estrela na emissora. Ela apresenta o quadro Bom do Bairro, na versão fluminense do programa Balanço Geral, em que ela mostra lugares inusitados da capital carioca.
"Estou feliz e curtindo muito a experiência. Me preparei para encarar essa oportunidade. Está sendo muito legal mostrar na televisão que sou mais do que samba no pé. Agora, tenho um microfone na mão, entrevisto pessoas. É uma responsabilidade grande", declara.
Valéria quer deixar a imagem de Globeleza de lado para investir na carreira de apresentadora. "Futuramente, quero ter um programa meu. Por enquanto, vou me aprimorar mais. Já me sinto mais preparada e segura quando vou para a rua", garante.
Ela, no entanto, não renega o passado e tem orgulho dos 15 anos em que atuou como passista nas vinhetas de Carnaval da Globo. "Sem dúvida, as pessoas ainda têm um carinho enorme [pela Globeleza]. É inevitável. Esse contato com o público nas ruas me fez ver o reconhecimento da minha história, e tenho muito orgulho dela. Foi sendo Globeleza que conquistei uma vida confortável, que comprei a casinha dos meus pais."
Valéria se vê como uma referência de sucesso para mulheres negras de origem pobre. "Sou muito realizada. Sou uma mulher negra, empreendedora, empoderada, mãe de família, que venceu na vida de forma honesta. Quero incentivar outras mulheres a vencerem também."
Uma das maneiras que a musa achou de compartilhar suas experiências pessoais é criando seu canal no YouTube, que deve ser lançado ainda neste ano. "Quero contar minha história. Vou mostrar a casa em que fui criada na Pavuna, no subúrbio do Rio de Janeiro. Não tenho vergonha da minha origem, e as pessoas poderão ver todo o caminho que percorri até chegar aqui."
Desde a infância, Valéria se dedicava à carreira artística. "Aos 10 anos, fui fazer curso de manequim e modelo no centro da cidade. Ia só com o dinheiro da passagem de ida e volta, sem ter como comprar algo para comer. Mas não desisti. A fé me tirou da minha realidade. Nasci em uma família muito simples e, desde nova, sabia que não queria viver ali", relembra.
Apesar de sua relação com a religião evangélica ter se estreitado após sua saída da Globo, em 2004, ela sempre foi religiosa. Sua busca por Deus veio depois que ela sofreu de depressão profunda. "Sempre tive Deus no meu coração. Mas não estava preparada. Tinha dois filhos pequenos, planejei fazer mais dois anos de Globeleza e a Globo me mandou embora. Foi um baque muito grande. Mas já superei", conclui.
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