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"Falta autoridade paterna a Bolsonaro", diz o ator Carlos Vereza

Ramón Vasconcelos/Globo
Imagem: Ramón Vasconcelos/Globo

Do UOL, em São Paulo

12/11/2019 08h43

Carlos Vereza falou o que pensa sobre o governo Bolsonaro no programa "Conversa com Bial" de ontem. O ator, que participa do documentário "Nem Tudo Se Defaz", que pretende explicar a ascensão da direita no Brasil, disse que os filhos do presidente Jair Bolsonaro estão atrapalhando os primeiros meses do Governo.

"Tenho a maior tranquilidade de dizer que ele pode ser o maior presidente desse país, desde que ele arrume esse meio de campo doméstico. Se eu fosse ele eu diria assim: 'Carlos Bolsonaro, já para a casa! Vai ser Vereador'.Para o Eduardo: 'Vai já para casa! Vai para São Paulo. Vai ser deputado'. 'E você, Flávio, resolva o seu problema, cara. Resolve o seu problema porque vocês três estão atrapalhando o governo do seu pai'. Falta autoridade paterna", avalia.

Vereza ainda conta o que o seduziu na direita após anos apoiando a esquerda. "Eu não mudo de ideia, sou um livre pensador. Ele [Bolsonaro] apresentava uma convicção muito expressiva sobre a reforma da previdência, afastar o MST de continuar invadindo fazendas e matando bichos e gado. E o que mais me tocou, foi o único candidato que defendia as crianças".

Mas Vereza diz que não concorda com tudo. "Eu não compro o pacote todo. Eu não aceito armas na cidade em hipótese alguma. Eu não aceito caça em hipótese alguma", exemplifica.

A extinção do Ministério da Cultura também foi assunto. "Sempre assim, os governos têm sempre uma postura irritadiça em relação à cultura. Não pode jamais extinguir. Bolsonaro está pessimamente assessorado do ponto de vista cultural".