Pastor que "converteu" Jô e Régis passou por "descarrego" na infância
Resumo da notícia
- Pastor Emanuel, de A Dona do Pedaço, é interpretado por Claudio Mendes, ator de teatro com mais de 30 participações na TV
- Sem religião, o ator foi ajudado por figurantes evangélicas na cena das "conversões" de Jô (Agatha Moreira) e Régis (Reynaldo Gianecchini)
- Claudio Mendes passou por uma "sessão de descarrego" na infância e resgatou a lembrança para sua atuação na novela da Globo
Convertidos (ou quase), Josiane (Agatha Moreira) e Régis (Reynaldo Gianecchini) encontraram a "salvação" ouvindo as palavras de um pastor que roubou a cena em A Dona do Pedaço. Ele promoveu uma "sessão de descarrego" no presídio com a vilã, que sugeriu ao ex-amante visitar o culto evangélico.
O pastor, que chegou apenas na reta final da trama, tem nome: Emanuel. E é interpretado por um veterano em participações especiais em novelas: Claudio Mendes. O ator de teatro coleciona mais de 30 papéis na televisão, como advogado, médico e padre, mas nenhum protagonista.
"As pessoas falam: 'Conheço você de algum lugar'. Lembram até hoje de O Rei do Gado, em que fiz o neto do Tonico, neto do Cláudio Corrêa e Castro. Fico feliz de, mesmo não tendo uma grande oportunidade na Globo, as poucas coisas que fiz terem ficado na cabeça das pessoas. Estou acostumado a chegar no final das novelas", comemora Claudio Mendes ao UOL.
Com 51 anos de idade e 28 de Globo, Claudio chega aos "45 minutos do segundo tempo" para cenas importantes e muito lembradas das novelas. Foi assim em A Dona do Pedaço, em que seu personagem repercutiu nas redes sociais e foi elogiado por "converter" rapidamente dois dos maiores vilões da trama.
Sem religião, o ator contou com os auxílios da diretora Amora Mautner e das presidiárias figurantes: "Logo no primeiro dia, a Amora me dirigiu. Achei ótimo, porque ela logo me colocou no movimento da novela. Ela é muito visceral, emotiva, forte. Na figuração havia evangélicos que me ajudaram muito. Disseram: 'Na hora de cumprimentar, você diz 'graça e paz'".
"Descarrego" na infância
Para praticar a "sessão de descarrego", porém, Claudio Mendes resgatou uma experiência pessoal durante um culto que visitou na infância.
"Quando eu tinha uns dez anos de idade, uma tia minha me levou para uma igreja que na época era uma associação. Uma hora, o pastor chamou umas pessoas para botar a mão da cabeça e, sei lá, tirar aquele negócio. A pedido da minha tia, eu fui. Apavorado! Porque era uma gritaria, era um negócio muito forte. Lembro que o pastor botava a mão na minha cabeça e eu chorava apavorado. Chorava muito! Mas tinha ali uma emoção. Para quem estava vendo, realmente diziam: 'Essa criança deve estar com algum capeta dentro para ser tirado'", recorda.
Giane apreensivo
Nos bastidores das cenas, Claudio Mendes tentou transmitir a mesma emoção para contagiar Agatha Moreira e Reynaldo Gianecchini, que admitiu nervosismo antes da gravação.
"Pedi licença a Agatha e falei: 'Eu vou botar a mão na tua cabeça, eu vou te empurrar, vou empurrar a cabeça para baixo'. Ela falou: 'Vambora, vambora'. Giane estava com dificuldade, 'ai, meu Deus, cena de chorar, de se emocionar'. Falei: 'Vem na minha emoção, vem comigo!'. Na cena, eu passei a mão no peito dele para ajudar a mexer no sentimento para aquela conversão", revela.
Após A Dona do Pedaço, Claudio Mendes voltará ao teatro, em que acumula mais de 70 espetáculos: "Fiz O Tempo Não Para e acabou em fevereiro. Só em outubro me chamaram de novo, e foi para uma participação. Agora estou tentando fechar uma temporada do meu monólogo Maria, que fiz ano passado e tive duas indicações para prêmios. Preciso muito trabalhar".
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