Dono da RedeTV! pede fim de quarentena, compara à guerra e prevê colapso
Marcelo de Carvalho, apresentador e um dos donos da RedeTV!, fez duras críticas à quarentena imposta em vários estados e previu o colapso da economia do Brasil, em decorrência da pandemia do novo coronavírus.
Em tom de desabafo, o empresário chegou a comparar a situação com "tempos de guerra" e à chamada "Grande Depressão" dos Estados Unidos, considerada por alguns como a pior e a maior recessão econômica do sistema capitalista, em 1929.
"A grande parte dos empregos do Brasil é formada por pequenas e microempresas. É a pessoa que é comerciante, varejista, a pessoa que tem uma franquia, a loja... Isso tudo está parado. Não está entrando dinheiro. As pessoas não estão podendo comprar, as ruas estão desertas, é tempo de guerra. Você sabe o que vai acontecer? Vão começar a mandar gente embora. Nós corremos o risco de entrar em um colapso", afirmou ele.
"É uma destruição, é uma depressão, como foi em 1929 nos Estados Unidos, ou pior. Eles, agora, pelo menos estão com um pacote de US$ 2 tri para jogar na economia. Mas nós estamos no Brasil. A nossa economia vinha de mal a pior. Agora tinha começado a levantar. Gente, vai acabar com o país. Nós podemos não ter 4 mil mortos, mas teremos 40 milhões de desempregados por causa do coronavírus", completou.
Aliado político de Bolsonaro, Marcelo de Carvalho segue o discurso do presidente feito em pronunciamento ontem à noite.
Na ocasião, Bolsonaro declarou que a rotina no país deveria retornar à realidade e que a imprensa brasileira espalhara o pânico em torno do coronavírus, o qual voltou a chamar de "gripezinha".
Em pronunciamento em rádio e televisão, Bolsonaro também criticou governadores por determinarem quarentena - -com fechamento de comércio e fronteiras— e questionou o motivo pelo qual escolas foram fechadas. Durante os pouco mais de cinco minutos de fala do presidente, vários panelaços contra ele foram realizados em cidades brasileiras.
"O vírus chegou, está sendo enfrentado por nós e brevemente passará. Nossa vida tem que continuar, empregos devem ser mantidos, o sustento das famílias deve ser preservado, devemos, sim, voltar a normalidade", disse.
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