De sem-terra a bolsonarista, Débora Rodrigues defende ricos: 'Não é pecado'
Resumo da notícia
- Débora Rodrigues posou nua aos 29 anos para a 'Playboy'
- Depois do ensaio sensual, a ex-sem terra foi contratada por Sílvio Santos
- Débora iniciou sua carreira artística apresentando o extinto programa 'Fantasia', no SBT
- Atualmente, ela é piloto de Copa Truck
- Débora também chegou a participar dos realities show 'Troca de Família', na Record, e do 'Mulheres Ricas', na Band
Aos 51 anos, Débora Rodrigues tem uma história de vida que daria uma boa biografia. A piloto de Copa Truck ganhou fama nacional ao ser descoberta pela "Playboy" quando era integrante do Movimento Sem Terra (MST), em 1997. O ensaio nu gerou grande repercussão e ela foi convidada por Silvio Santos a apresentar o programa "Fantasia", no SBT.
De lá para cá, Débora aproveitou todas as oportunidades que lhe foram oferecidas na televisão, participou dos realities "Troca de Família", na Record, e "Mulheres Ricas", na Band. Atualmente, Débora é piloto da AM Motorsport e tem negócios com o marido, o empresário Renato Martins.
Dona de uma personalidade forte, ela expõe livremente opiniões sobre vários assuntos em suas redes sociais. Débora é bolsonarista assumida e defende o presidente em publicações no Instagram. Em um bate-papo exclusivo com o UOL, ela explica os motivos pelos quais se afastou do Movimento Sem Terra e o que ela pensa sobre as críticas de que estaria defendendo a elite.
"Diferentemente de outros países, enriquecer, virar empresário de forma lícita parece errado no Brasil. Ser rico não é pecado. Hoje, recebo muitas críticas porque estou em uma 'situação boa'. Algumas pessoas preferem ver as outras mal a ver alguém progredindo e gerando empregos", acredita.
Flexibilização da quarentena
Ao ser questionada sobre a minimização do coronavírus por parte de Jair Bolsonaro, ela pondera. "Não sou contra a quarentena, mas acho que deveríamos ter uma flexibilização de alguns setores do comércio. A gente tem de preservar vidas, mas também tem de pensar que a economia também salva vidas. Eu tenho condições de ter uma vida confortável, mas não posso pensar só em mim", reflete.
Débora cita o exemplo de sua empresa, a RM Competições, que cuida de seis caminhões da Copa Truck. "Não é uma empresa grande, mas temos 30 funcionários. Hoje, não sabemos como vamos arcar com a folha de pagamentos. Estou em um ponto em que vou ter de escolher quem vou continuar ajudando", lamenta.
Apesar de ser a favor do presidente, Débora não poupa críticas a Bolsonaro. "Ele fala umas m..., às vezes. Tenho vontade de ir lá e amordaçá-lo. Mas cresci com esse tipo de homem que teve essa criação, mais rústica. Então, mesmo não concordando, eu compreendo. Ninguém vê o quanto ele é esforçado em muitas coisas", justifica.
Sem-terra 'antipetista'
Mesmo tendo pertencido ao MST, movimento fortemente ligado ao PT (Partido dos Trabalhadores), ela afirma nunca ter sido de esquerda. "Sou muito criticada porque eu vim do MST, tinha que ter sido petista e eu nunca fui. Estava procurando uma condição melhor de vida. Não entrei porque era politizada, foi porque precisava e aos poucos fui conhecendo a causa e virei militante", explica.
Débora já era mãe de Jaqueline, de 34, e João Paulo, 32. Do atual casamento, ela tem Renatinho, de 12. "Eu tinha dois filhos para criar e queria um pedaço de terra, mas nada foi de graça. Dirigia caminhão, ia para assembleia, dormia em barraco, no meio do nada, era tiro para todos os lados. E não recebia nada por isso", relembra.
A grande mudança na sua vida veio com o ensaio nu e a carreira artística. "Com o cachê da 'Playboy' comprei uma casa na Lapa, em São Paulo, porque já estava de namoro com o SBT. Depois da revista, vieram os programas de TV e agarrei todas as oportunidades. Conheci meu marido e juntos construímos tudo o que temos com muita dignidade. Tenho muito orgulho da minha história", conclui.
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