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Bárbara Borges radicaliza e adota visual careca: 'Romper medo de rejeição'

A atriz Bárbara Borges - Reprodução/Instagram
A atriz Bárbara Borges Imagem: Reprodução/Instagram

Do UOL, em São Paulo

21/04/2020 13h33

Bárbara Borges, 41, radicalizou na quarentena. Em foto publicada hoje em seu Instagram, a atriz exibiu aos seguidores seu novo visual: careca. Segundo ela, a ideia foi criar uma nova versão de si mesma, conectada com seu coração, para exercitar e aprofundar o autoconhecimento.

"Eu precisava viver essa experiência. Atravessar do medo para a confiança", escreveu. "Romper com o medo de rejeição, das críticas e julgamentos, meus e alheios, e viver o meu sim pra mim, pro que faz sentindo pra mim nesse momento. Impermanência. Renovação.
Coragem pra ser eu sempre. Simplesmente SER,."

"Esse post é sobre mim mas quem sabe ele possa ser uma inspiração pra você se escolher sempre, ser você sempre. Manifestar sua presença pelo seu bem e pelo bem coletivo. Assim como eu me inspiro em tantas pessoas também", continuou ela, que postou hashtags como #mefazbem e #expansaodaconsciencia.

Problemas com alcoolismo

Bárbara, cujo último trabalho na TV foi a novela "Jesus" (2018), desabafou nas redes sociais na semana passada sobre o relacionamento abusivo que viveu recentemente, admitindo que, nesse período, também chegou a sofrer com alcoolismo.

"Vivi muito tempo da minha vida empurrando tudo que me fazia sofrer pra 'debaixo do tapete' e, pra me proteger e sobreviver, usei o artifício das 'máscaras', das bebedeiras cada vez mais exageradas e assim fui me afastando de mim", escreveu.

Feliz nosso dia oficial da mulher, da luta feminista Eu já ouvi e vivi tantos absurdos que antes passavam despercebidos. Eu não tinha a menor noção do tanto de machismo estrutural que que me abusava, tolia, silenciava e que eu, inclusive, permitia e até reproduzia. Abusos na infância, abusos psicológicos, assédio, ser diminuída, chamada de "louca e desequilibrada"... Recentemente caiu a ficha de uma situação vivida no passado: uma "brincadeira" que um namorado fazia comigo quando eu tava empolgada falando algo e ele fechava a minha boca "carinhosamente" fazendo "shshshshsh, fica caladinha". Sim, era exatamente essa frase que ele usava sempre fechando com os dedos a minha boca. Por mais que lááá no fundo eu sentisse um desconforto com isso, eu achava engraçado, eu ria, eu acreditava mesmo que eu falava besteira sempre e me calava e até me sentia amada porque ele fazia igual o pai dele fazia com a mãe..loucura,loucura!! Infelizmente antes eu não tinha a consciência que tenho hoje, não era tão segura de mim pra falar: "para! não gostei, não quero, não permito que me cale", por mais boba e insignificante que a situação fosse e isso serve pra diversas situações abusivas mais pesadas que eu sempre me culpei. Eu vivi muito tempo da minha vida empurrando tudo que me fazia sofrer pra "debaixo do tapete" e, pra me proteger e sobreviver, usei o artifício das "máscaras", das bebedeiras cada vez mais exageradas e assim fui me afastando de mim. Porém, mesmo atrás de tantas máscaras, o meu "eu iluminado" que foi escondido mandava sinais de "acorda! desperta!!!!" Em 2012 comecei a dar os primeiros pequenos passos desse despertar. Esse processo tomou força ainda maior quando engravidei em 2013. No meu processo de despertar a vida naturalmente me aproximou de mulheres incríveis feministas e passei a ler mais sobre o feminismo e tive muita inspiração em mulheres que tanto me ensinaram, inspiraram e inspiram até hoje. (Continuação nos comentários)

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