'Máscara se esgarça e cai', diz Alexandre Garcia sobre Morrone
Alexandre Garcia publicou hoje um vídeo para falar sobre o áudio vazado de uma conversa entre Giuliana Morrone e Gerson Camarotti durante o intervalo de um programa na Globo News em que a jornalista se referiu a ele como "gagá".
O jornalista fez um longo desabafo em seu canal no YouTube. Na gravação, intitulada "A Resposta de um Gagá", ele comenta sobre a situação e fala sobre a ex-colega de emissora. "Então, hoje eu vou dar uma resposta (ao áudio vazado), mas eu ressalvo, aviso que não é um julgamento. Julgamento fica a seu critério. Em primeiro lugar, eu lamento que tenha havido o vazamento", começou.
"Eu, a princípio, na minha ingenuidade, vi aquilo e pensei que alguém tivesse grampeado um telefonema entre os dois. Mas depois fiquei sabendo que era um microfone durante o programa, os dois microfones ficaram ligados, ativos durante o intervalo e muita gente pode ter gravado. Alguém pode ter visto, ouvido aquilo, e resolveu partir para a gravação. Não creio que tivesse alguma intenção de prejudicá-los, mas achou bonito, achou pitoresco, achou que ia dar audiência", afirmou.
Em seguida, Garcia disse desejar que o vazamento da conversa não traga nenhum tipo de prejuízo a Morrone. "Eu espero que não traga prejuízo a ela, porque eu sei que não houve essa intenção de divulgar. Era só ali um desabafo de uma colega para um colega", ponderou.
No vídeo, ele rebate, ponto a ponto, a fala de Morrone. "Como se tornou público, eu preciso dizer uma coisa, principalmente por causa da primeira inverdade que ali está. Eu quero repetir as palavras dessa inverdade: 'No dia em que o Bolsonaro falou em cassar a concessão (da Globo), ameaçou, ele endossou, achou que era lindo, que tinha que cassar a concessão da Globo, botou no Twitter isso'. Isso é gravíssimo, porque eu jamais faria isso. Pela minha índole, pela ética e pelo respeito a uma emissora que sempre me respeitou. Não faria isso", disse Garcia, enfático.
"Outra questão é que ela afirma que eu fui diretor daqui (Globo) toda a vida. Gente, eu tive lá 32 anos e nunca fui diretor. Chamava-se editor regional quem comandava a redação, o jornalismo. Foi durante 5 anos, de 1990 a 1995. 5 anos em 32 anos", relembrou.
"Não citei nenhuma emissora"
Em seguida, falou sobre o trecho em que ela cita um tuíte de apoio a Regina Duarte — que acabou sendo o estopim da conversa entre Morrone e Camarotti. "Uma outra coisinha é que quando eu botei a mensagem a que ela se refere, depois da entrevista da Regina Duarte, em solidariedade a Regina, eu botei a mensagem que eu pensava que a CNN seria uma alternativa, mas que ficou igual. Mas eu não disse, eu não citei em nenhum momento nenhuma emissora. Não citei nenhuma emissora", comentou.
"Eu gostaria de esclarecer em um outro ponto, que está meio risível, que eu cobro pouco sim para empresas pequenas da minha cidade, Brasília, que me chamam para ser mestre de cerimônias, uma inauguração, um aniversário da empresa, inclusive a vidraçaria. Eu não tenho nenhum preconceito contra vidraceiro! Aí eu acredito que é uma espécie de participação minha no estímulo a essas empresas. E não cobro do serviço público, porque é dinheiro do público, é dinheiro do contribuinte, como não cobrei agora, acabei de fazer uma palestra para a Escola de Comando do Estado Maior da Aeronáutica", argumentou.
Em seguida, falou sobre a ironia de Morrone ao falar sobre a falta de um convite da CNN para ele. "Tem uma outra inverdadezinha menor, coisa pequena, mas enfim, que ela afirmou lá pelas tantas que 'a CNN não o chamou'. Parece que estava uma torcida, mas enfim... Mas o fato é que chamou por meses e chama até agora. Eu, por exemplo, vou participar de um programa da CNN no fim de semana. Assim como vou participar na sexta-feira de manhã no 'Aqui na Band' com meu querido Luis Ernesto Lacombe, estou lá no Canal Rural porque gosto muito do agro, estamos aqui juntos com 1 milhão e 300 mil aqui no Youtube, ontem fiz 4 anos do Twitter, somos quase 2 milhões e meio no Twitter, ou seja: estou em boa companhia", ironizou.
"Não faço filtragem de ideologia"
Na sequência, disse ter percebido que Camarotti estava "constrangido" com a conversa que tinha com Morrone. "Aí eu percebi que meu amigo Camarotti estava lá constrangido. Só tem uma coisinha: ele chamou meus seguidores de radicais. Eu devo dizer que eu não faço filtragem de ideologia. Quanto mais diversidades de ideias, melhor — porque nas redes sociais a gente recebe retorno. E a gente avalia com quem está conversando, isso é muito saudável", frisou.
"E ele teria razão na hora que disse: 'cuspiu no prato em que comeu'. Teria razão se fosse verdade aquilo que a interlocutora dele falou, se fosse verdade, mas como expliquei a vocês, não é verdade, é impossível porque não é da minha ética não respeitar quem sempre me respeitou."
Alexandre Garcia falou sobre a ex-colega de Globo. "Por fim eu queria mostrar aqui que são opiniões pessoais. Então eu não me meto em ideias, opiniões pessoais, as pessoas se revelam pelas suas opiniões, eu não vou me meter nisso, não vou julgar. Mas, se você me perguntar como eu recebi tudo isso, eu digo que foi com um único sentimento: surpresa", revelou.
"Surpresa porque somos colegas. Fomos colegas. Fomos parceiros em programas. E até hoje nos encontramos na missa de domingo. Inclusive na fila da comunhão. Aí quando eu vejo que eu sou qualificado como ridículo, como gagá, e que eu causo revolta, eu vi que eu fui excomungado. Mas enfim, a gente está em tempos de ter que usar máscara, às vezes se usa máscara por tanto tempo que ela se esgarça e cai. Então eu quero repetir que eu sei que não foi para ser publicado tudo isso, eu tenho consciência que foi apenas um fuxico", finalizou.
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