GloboNews escala jornalistas negros para debater racismo após críticas
A GloboNews escalou hoje uma equipe de jornalistas negros para discutir o racismo no programa "Em Pauta". A decisão é uma resposta às críticas que o canal recebeu ontem, ao abordar o tema com um painel composto apenas por profissionais brancos.
A apresentação foi conduzida por Heraldo Pereira, enquanto o debate contou com cinco mulheres do Grupo Globo: Maria Júlia Coutinho, Zileide Silva, Aline Midlej, Flávia Oliveira e Lilian Ribeiro. Zileide e Flávia foram anunciadas ainda como comentaristas fixas do programa.
Desde o final de maio, o programa tem abordado manifestações antirracistas em todo o mundo. No início da edição de hoje, o jornalista Marcelo Cosme citou o programa da véspera, e reconheceu o erro do canal na escalação dos jornalistas.
"O 'Em Pauta' é o programa em que as manifestações têm ficado maiores. Os jornalistas que dividiram comigo a cobertura ontem, todos experientes e de alto nível profissional, eram todos brancos. Eu estaria mentindo se dissesse que foi um acidente", disse.
"A Globo tem a diversidade como um valor e se orgulha dos profissionais negros que tem, em frente às câmeras e por trás delas. Profissionais de altíssimo nível, que comandam alguns a apresentação de telejornais, aqui na GloboNews e também na TV Globo. E busca, e continuará buscando, ampliar essa diversidade. Mas, por razões históricas e estruturais de nossa sociedade, também na Globo os colegas negros não são tantos quantos desejados."
Na transmissão, Cosme exibiu a mensagem publicada pelo pesquisador Irlan Simões no Twitter, com uma foto da transmissão de ontem com a mensagem "rapaziada, a pauta é racismo". A expressão foi repetida no GC (gerador de caracteres) da transmissão.
"Nós entendemos o recado. E hoje a GloboNews aceitou uma sugestão da nossa colega Márcia Gonçalves, lá do Profissão Repórter", e convidou profissionais do mais alto gabarito do nosso time para discutir um tema que eles conhecem muito bem", completou Cosme, passando o bastão para Heraldo Pereira.
Inicialmente, as participantes foram chamadas a lembrar experiências de racismo das quais foram vítimas na vida e na carreira. Entre colegas, as novidades foram bastante celebradas nas redes sociais.
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