Ativista LGBTI+ denuncia Antonia Fontenelle e Netinho por racismo
Luiza Missi
Do UOL, em São Paulo
18/08/2020 21h41
Após denunciar Netinho da Bahia e Carlinhos Silva por ofensas homofóbicas e transfóbicas, o ativista LGBTI+ Agripino Magalhães adicionou uma denúncia ao processo: de crime de racismo.
O que o incentivou foi uma entrevista no canal Na Lata, da apresentadora Antonia Fontenelle. Os dois comentaram a música "Fricote", de Luiz Caldas, que diz: "Nega do cabelo duro, que não gosta de pentear..."
Na entrevista, Netinho critica o fato de que a música hoje seria considerada racista: "A vida da gente hoje... A gente está cercado de todos os lados, vigiado por todos os lados, infelizmente".
Antonia acrescenta: "É uma liberdade vigiada, você não pode nada, tudo é um problema, é uma grande confusão".
No processo, Agripino Magalhães pede que seja retirada do ar "a entrevista pejorativa, homofóbica e racista". E argumenta:
"Os querelados, ao que parece, acreditam que estão num País de impunidade, onde não existe lei nem justiça, e com isso pisam nos LGBTI+, agridem minorias e mesmo com processo em andamento fazem pouco caso e desprezam o Ministério Público e o Juízo Criminal, como se eles não existissem."
Contatada pelo UOL, Antonia Fontenelle negou que o vídeo tenha conteúdo racista: "A gente comentou dessa música do Luiz Caldas que saiu do ar. Agora, me processar? Acho que ele não tem por que me processar".
Através de assessoria, Netinho afirmou não ter nada a declarar sobre o caso.