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Márcio Gomes sobre trocar Globo pela CNN: 'Não iria negociar pelas costas'

Márcio Gomes disse que deixou a Globo após 24 anos para "sair da zona de conforto" - Reprodução / Internet
Márcio Gomes disse que deixou a Globo após 24 anos para "sair da zona de conforto" Imagem: Reprodução / Internet

Colaboração para o UOL, em São Paulo

23/10/2020 18h26Atualizada em 23/10/2020 18h52

Márcio Gomes anunciou no início dessa semana que está deixando a Globo, emissora onde trabalhou por 24 anos, para migrar para a CNN Brasil.

Mas apesar da surpresa para o público, o jornalista garantiu que avisou a emissora carioca sobre o interesse da concorrente desde o princípio, afirmando que a sua antiga casa "não teve interesse em cobrir o salário oferecido" pelo canal de notícias a cabo.

"A CNN me chamou para um chá, e eu avisei a Globo. Não iria negociar pelas costas, jogo limpo. Outras emissoras já haviam feito contato, mas nunca levei adiante. Dessa vez foi diferente. A Globo passou a me ligar todos os dias com contraofertas, mas nenhuma delas foi suficiente. Eles não tiveram interesse em cobrir o salário oferecido", explicou Márcio em entrevista à revista Veja.

Desde que voltou de Tóquio, onde foi correspondente de 2013 até 2018, Márcio trabalhou na televisão aberta apenas como substituto de outros apresentadores no SPTV e no Jornal da Globo, além de substituir Christiane Pelajo no jornal vespertino da Globo News.

Em março, ele voltou a ser centro das atenções ao comandar o quadro "Combate ao Coronavírus" nas manhãs da Globo, para todo o Brasil, com atualizações e informações sobre a pandemia. Mas apesar do destaque temporário, Márcio disse que não se sentia mais desafiado na antiga emissora, mudando de empresa em busca de novas experiências.

"Eu estava muito confortável na emissora. O Combate ao Coronavírus foi um programa que me tirou da zona de conforto. A primeira máscara que ensinaram a fazer na TV fui eu que fiz, a primeira morte registrada foi informada no programa. As pessoas falaram que eu me tornei o rosto da pandemia. Acho exagero, mas não ligo. O problema é que não haverá um programa desses a cada seis meses. É legal fazer o básico, mas não é para mim", completou.