Toquinho diz odiar política: 'Não sou a favor de Bolsonaro ou de Lula'
Em 2018, após as eleições presidenciais do Brasil, Toquinho disse que o país estava nas mãos de pessoas "incorruptíveis". Agora, dois anos depois, o músico falou em entrevista à Veja que "odeia política" e que naquela época o ex-juiz e ex-ministro da Justiça e Segurança Pública Sergio Moro era um "símbolo".
"Não sou a favor de Bolsonaro ou de Lula. Eu odeio política. Naquela época, em 2018, o que era o Moro no Brasil? Ele era um símbolo, como ainda me parece que é. Ele implantou a Lava-Jato. Aquilo foi algo que lavou um pouco a alma do Brasil. Quando ele foi escolhido como ministro deu, não só em mim, acho que na população toda, uma sensação de: 'Esse cara aí não é corrupto'. Agora, existe uma polarização burra no Brasil, que eu não posso chamar de outra maneira", disse Toquinho.
"Começam a te catalogar como se fossem contra ou a favor do Bolsonaro. Eu nunca falei do Bolsonaro na minha vida, nem do Lula, nem de nada. Eu duvido que qualquer outra pessoa não tivesse tido a mesma sensação do que eu e um certo conforto de ter o Moro ali na Justiça. Só que a coisa foi para o outro lado", completou.
Até quando questionado sobre o título do seu novo álbum, "Arte de Viver", o cantor e compositor relacionou o tema com o momento atual do Brasil.
"Viver é um eterno aprendizado, ainda mais nessa bagunça que é a vida, especialmente no Brasil que tem uma desigualdade muito grande e esse policiamento do politicamente correto. Tudo está mais difícil e melindroso. Existe uma corrupção endêmica no país em todos os setores. Agora, com a pandemia, tem corrupção na saúde, com compra de máscaras e respiradores. É uma vergonha", considerou.
"Arte de Viver" será lançado amanhã. A nova produção de Toquinho tem 11 faixas musicadas por ele e com letras escritas por Paulo César Pinheiro, além de parcerias com nomes como Camilla Faustino e Maria Rita.
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