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Roberto de Carvalho diz não se importar de estar à sombra de Rita Lee

Rita Lee e Roberto de Carvalho - Reprodução/Instagram
Rita Lee e Roberto de Carvalho Imagem: Reprodução/Instagram

Colaboração para o UOL, em São Paulo

11/12/2020 07h46

Roberto de Carvalho, parceiro de Rita Lee na vida e na arte há mais de 40 anos, nunca se importou de estar à sombra da Rainha do Rock Brasileiro. Aos 68 anos, o músico se diz "feminista de raiz", e sempre fez questão que a mulher brilhasse.

"É inconcebível que você esteja ao lado de uma estrela, que tem a necessidade de subsídios para brilhar, e se oponha a isso, que veja como uma ameaça. Rita já passou situações desse gênero no passado. Não tinha como pensar que ia funcionar. No nosso caso, cada um entra nessa equação com sua parte. A gente combinou muito, teve uma alquimia entre a gente. Temos quase que uma química perfeita. Além disso, sou tímido, sou o escorpião embaixo da pedra do deserto", disse ele durante uma conversa de mais de duas horas com o pesquisador musical Rodrigo Faour, no Instagram.

Roberto falou ainda sobre o primeiro encontro dos dois, sobre drogas e lembrou o dia em que levou Mick Jagger para passear no Rio.

"A primeira vez que encontrei a Rita foi no festival de Saquarema, em 1976. Foi a primeira vez que a gente conversou, se olhou e alguma coisa aconteceu em nossos corações...", revelou.

Sobre o envolvimento com drogas, ele diz: "Nunca fui internado. Em algumas circunstâncias teria sido adequado. Para mim, sempre teve uma questão de sobrevivência mesmo".

"Conheci o Mick Jagger no Rio e o levei para passear. Mostrei para ele o Maracanã e disse que era ali que o Pelé jogava. Depois fomos para uma quadra de escola de samba, não lembro bem se era da Mangueira ou da Portela. Ele adorou. Anos depois, nos reencontramos quando abrimos o show dos Rolling Stones aqui no Brasil", contou Roberto.

Ele comentou ainda sobre a possibilidade de novos trabalhos e deixou os fãs na expectativa de uma parceria do casal. "Uma música nova e outra, sim. Um disco eu já não sei, realmente não sei. O que te motiva a fazer um disco é sempre uma vontade súbita. De vez em quando dá esses lampejos, mas não sei. Posso dizer que vai sair uma música mais para frente que a gente fez".