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Evelyn Castro, do Porta dos Fundos, fala sobre assédio e papel em novela

Evelyn Castro, humorista do canal de YouTube Porta dos Fundos - Reprodução/Instagram
Evelyn Castro, humorista do canal de YouTube Porta dos Fundos Imagem: Reprodução/Instagram

Colaboração para o UOL, em São Paulo

31/01/2021 11h11

Conhecida por atuar no canal "Porta dos Fundos", Evelyn Castro, de 39 anos, estará na próxima novela das sete da Globo, "Quanto Mais Vida Melhor".

"Já tinha feito participações em novelas, mas esta é a minha primeira vez no elenco fixo. Estou muito feliz. É a realização de uma estação deste sonho. Até achava que nem fosse rolar mais (risos). Confesso que fiquei tensa, mas mais por sair de casa em uma pandemia. Porém, quando me deparei com os protocolos de segurança da Rede Globo, fiquei mais segura. Me sinto mais segura lá no estúdio do que em supermercado e rua. Graças à pandemia, tenho um camarim só para mim. Olha que chique (risos). Dá pra me concentrar bem nesta nova empreitada e também soltar aquele punzinho maroto sem medo (risos)", disse ela, em tom humorado, à Quem.

Ao falar sobre sua personagem, ela dissertou: "Deusa é empregada na casa dos Monteiro. Ela é solar, extrovertida e de personalidade superforte. Não fica com a língua dentro da boca, fala o que acha e acaba sendo sem noção na hora certa".

Apesar do jeito leve, Evelyn passou por maus bocados até chegar onde está, tendo que enfrentar episódios de sexismo e assédio. Segundo ela, quando fazia shows como cantora, à noite, os comentários pejorativos eram frequentes.

"A grande maioria dos ambientes que trabalhei era de homens e fui respeitada. É claro que sempre tem 'aquele filho de Deus' que te diminui, te questiona se você vai dar conta ou acha que você é um pedaço de carne. Mas isso diretamente foi a minoria, sempre me posicionei. Já enquanto cantora, principalmente do público, sofria assédio e muitas vezes até de forma mais agressiva. Ouvia palavras medíocres e de baixo calão. Confundiam ser cantora que trabalha na noite com outra coisa. Isso tem que acabar. Até porque nós já estamos nos posicionando e vamos continuar. Calar não mais", lembrou.