Polícia encontra esperma em roupa de vítima que acusa Anderson de estupro
A Polícia Civil do Rio de Janeiro confirma que o laudo na peça de roupa íntima da vítima que acusa Anderson Leonardo de estupro ficou pronto e comprovou resíduos de sangue e esperma. O jovem, de 21 anos, apresentou uma cueca à polícia que afirma ter sido usada no dia do suposto crime.
A assessoria da Polícia Civil não confirmou até o momento se o exame detectou se o resíduo do esperma é ou não do cantor grupo Molejo.
O pagodeiro confirmou em depoimento à polícia, na 33ª DP (Realengo), que teve relação sexual com o jovem, mas afirma que foi consensual. Ele diz que os dois se conheceram no aplicativo de relacionamentos Tinder.
"Foi uma relação sexual entre duas pessoas adultas, na qual as duas estavam a fim", disse a assessora de Anderson.
Ainda essa semana, a polícia ouvirá depoimentos de funcionários do motel em que o pagodeiro esteve no dia 11 de dezembro do ano passado com um jovem em Sulacap, na zona oeste do Rio.
"Diligências estão sendo realizadas para esclarecer todos os fatos", disse a assessoria da Polícia Civil em nota.
Nas redes sociais da vítima, é possível ver que em algumas fotos, ele se referia a Anderson Leonardo como seu padrinho e pai.
"Ninguém é violentado e guarda lembrança do ato, ninguém vai atrás do violentador curtindo shows e postando vídeos. Em todos os shows do Anderson após a data do suposto estupro, o garoto estava lá", diz a assessora do pagodeiro.
"Ele continuou indo aos shows porque havia a promessa de apadrinhamento artístico, eles tinham uma relação profissional, uma coisa é a pessoa física, outra é o artista, ele precisava cumprir a agenda de compromissos e a mãe dele sempre esteve presente em tudo", justifica a advogada de causas LGBTI, Fêh Oliveira, que representa a vítima.
Feh afirma que o jovem e sua mãe procuraram Anderson para fazer exames após o suposto estupro e o cantor não quis prestar assistência.
"Como ele era virgem e o estupro ocorreu sem preservativo, ele queria saber se pegou alguma doença".
A advogada diz que recebeu o apoio para o caso do Programa Rio Sem LGBTIfobia da Secretaria de Direitos Humanos do governo do estado do Rio de Janeiro.
"Ele admite o ato sexual só agora diante da prova pericial, mas no primeiro momento ele negou tudo, incoerência né?", questiona Feh.
Anderson teria apadrinhado o MC o convidava para subir no palco durante seus shows para uma "canja".
"A mãe do menino foi até ele, mostrou o trabalho do garoto. Após o show do Anderson, quando podia, ele dava um espaço para o garoto subir no palco e mostrar o trabalho como forma de ajuda", explicou a assessoria do músico.
Shows cancelados
Por conta da repercussão negativa do caso, a assessoria afirma que o grupo Molejo teve alguns shows cancelados.
"Só sei que ele está causando inúmeros prejuízos porque o Anderson é de um grupo com mais cinco artistas, ele sustenta várias famílias. A gente tinha shows pré- agendados, alguns estão até cancelados, em virtude dessa maldade que esse menino lançou na mídia".
Em sua versão, a vítima afirma que foi atraído para uma reunião com Anderson, mas acabou sendo levado para o motel. Ele diz que foi estuprado pelo músico e que chegou a desmaiar no ato. Ele diz ainda que ficou com problemas psicológicos após o trauma.
"Anderson não o ajudou em nada e ainda está ameaçando processá-lo, o que já demonstra a má-fé dele que sequer aguardou a conclusão das investigações para afirmar isso", diz a representante do MC.
Anderson nega as acusações. O advogado do vocalista do Molejo, Ivo Peralta diz que, futuramente, pretende processar a vítima por injúria.
"No momento, vamos concentrar as nossas forças em provar a inocência do Anderson".
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