PGR pede que Gentili seja banido do Twitter e proibido de entrar na Câmara
A PGR (Procuradoria-Geral da República) pediu ao STF (Supremo Tribunal Federal) que Danilo Gentili seja proibido de se aproximar a menos um quilômetro da Câmara dos Deputados e que também seja banido do Twitter.
O pedido é assinado pelo procurador-geral da República, Augusto Aras, em resposta a uma petição feita pela Procuradoria Parlamentar da Câmara dos Deputados em 2 de março.
O UOL teve acesso ao documento em que Aras ainda pede a "proibição de mobilizar, organizar ou integrar manifestações de cunho ofensivo a qualquer dos Poderes da República, ou de seus integrantes, ou que incitem animosidade das Forças Armadas contra qualquer instituição de Estado", além da "proibição de ausentar-se da Comarca de sua residência sem autorização judicial."
O tuíte do apresentador e humorista, que já foi apagado da rede social, citado no pedido foi feito no dia 25 de fevereiro deste ano, e dizia:
Eu só acreditaria que esse País tem jeito se a população entrasse agora na câmara e socasse todo deputado que está nesse momento discutindo PEC de imunidade parlamentar.
Na ocasião, os deputados discutiam uma proposta que cria novas regras de imunidade parlamentar. A votação acabou sendo adiada e uma comissão especial irá avaliar a medida.
Também no Twitter, após a ocasião, Gentili justificou que fez um tuíte "que foi alvo de justas críticas por alguns deputados."
Desta forma, no despacho enviado, Aras descartou o pedido de prisão feito pela Procuradoria Parlamentar da Câmara dos Deputados.
Procurada, a defesa de Danilo Gentili disse que apresentará sua manifestação somente nos autos do processo.
"De todo modo, sempre com todo respeito, entendemos que a PGR e o STF não têm atribuição para julgar Danilo Gentili, uma vez que ele não tem foro privilegiado. Ele não é deputado, não é senador. É um humorista. Entendemos que esse pedido de prisão feito pela Câmara é só mais um absurdo dentre outros anteriores. A Câmara já processou o Danilo anteriormente e foi derrotada. Confio integralmente no Direito e na Justiça", justificou o advogado Maurício Bunazar.
Também em contato com a reportagem, o SBT, emissora do apresentador, afirmou que "não comenta questões pessoais de seus artistas."
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