Malu Mader conta como Tony Belotto a 'enfeitiçou' quando se conheceram
A atriz Malu Mader e o marido, o músico Tony Belotto, relembraram em uma entrevista para a live do canal "Sempre um papo", de Afonso Borges, de quando se conheceram e passaram a fletar um com o outro. Além das intimidades, o casal, que está junto há 30 anos, falou sobre pandemia, literatura e Malu revelou como Tony a "enfeitiçou".
"No começo da pandemia, quando a gente foi completamente surpreendido, ficou entristecido, assustado e não sabia o que vinha pela frente, todo mundo ficou com uma tristeza diferente, que não é só nossa, é de todo mundo e acaba tomando conta. Muita gente com problema de depressão, com a saúde mental abalada... E minha vinha à cabeça essa coisa do 'Sentimento do mundo' (livro de Carlos Drummond de Andrade). Na época, me deu um branco (...) E, claro, é do Drummond. Nestes dias que antecederam, a gente ficou muito em contato com o Drummond, muito apaixonado, pirado com a obra dele. Ficamos lendo poesias, aproveitamos o dia dos namorados para ler as poesias de amor... Acabei lendo também os meus filhos, que estavam com livro perto. A gente leu algumas juntos. Então, foi bem legal esse contato. A gente ficou particularmente apaixonado por essa poesia, 'Sentimento do mundo', que é um livro dele exatamente de um período em que estava muito abatido pela guerra, com um espírito pós-guerra", contou a artista de 54 anos.
Bellotto, que escreveu livros como "Bellini e a esfinge" e "Dom" - que deu origem à série da Amazon - falou sobre as mil utilidades profissionais da esposa:
"Malu é sempre minha primeira leitora. E ela tem um talento muito grande, que as pessoas não conhecem, como editora. Ela poderia ser uma grande editora de livros. Essa vivência dela da dramaturgia, um conhecimento de literatura. Ela tem um ouvido para diálogos e me ajuda muito nos diálogos", analisou.
Malu, por sua vez, relembrou do tempo em que ela e o marido estavam se paquerando:
"Logo que a gente começou a paquerar, a gente foi à praia aqui no Rio e ele estava com um livro chamado 'Jardim do Éden'. Eu fiquei muito atraída por aquilo. Um roqueiro leitor, trouxe o livro para a praia... Achei bem interessante aquilo. Ainda "Jardim do Éden', muito sugestivo e tal (risos). Fiquei muito enfeitiçada. Ele foi malandro de levar aquele livro para a praia. Sempre me encantou que ele gostasse muito de ler, que a gente tinha gostos parecidos e tal", revelou ela, que continuou a falar sobre o amado, garantindo que ele não é um escritor que "gosta de se esconder":
"É impossível para uma pessoa casada comigo ficar escondida. Porque minha família invade geral. E ele teve que, gostando de mim e eu gostando dele, a gente dar uma equalizada. Teve que um ir em direção ao outro. Porque na minha casa é impossível. Na minha casa, toda semana tem um aniversário. Não sei como ele conseguiu escrever estando casado comigo. Realmente. Coitado! Ele não é chato, não. Sempre presente com os filhos. Minha mãe, quando era viva, e ela perdeu a mãe com 2 anos, dizia: 'Se eu tivesse que escolher uma mãe, sabe quem eu escolheria?', eu ficava toda 'achando que era eu'. E ela dizia: 'O Tony!'", finalizou.
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