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Filhos de Luiz Fernando Guimarães estudaram para entender homoafetividade

Adriano Medeiros e o marido, Luiz Fernando Guimarães - Reprodução/Instagram
Adriano Medeiros e o marido, Luiz Fernando Guimarães Imagem: Reprodução/Instagram

Colaboração para o UOL, em São Paulo

29/06/2021 12h24

Os filhos do ator Luiz Fernando Guimarães com o empresário Adriano Medeiros, Olívia, de 8 anos, e Dante, de 10, fizeram um curso para entenderem o que é a homoafetividade. Quem contou a informação foi Adriano, ao canal "Dê Eficiência", dos professores e psicopedagogos Luciana Pacheco e Luciano Nascimento.

Olívia e Dante foram adotados pelo casal há pouco mais de 1 ano.

"Tem um ano que a gente se conheceu. Ficamos no processo da adaptação e agora são nossos filhos, graças a Deus. Foi uma experiência incrível. Eu estou com 49 anos e o Luiz com 71. Então, nós somos quase pais-avós, pais velhos, e nós optamos pela adoção de crianças maiores... A gente fez uma opção. Foi uma escolha, né, bacana de a gente tentar aproveitar mais a infância e adolescência enquanto ainda temos esse gás todo. E estou morto de cansado, inclusive. Mas é uma experiência que para mim e para o Luiz a gente nunca imaginava. Então, foi uma coisa incrível e mudou as nossas vidas", disse o empresário.

Adriano ainda detalhou o processo de adoção das crianças:

"Tem uma coisa importante, além de tudo, acima de tudo: foi uma adoção homoafetiva. Nós somos dois pais, então tinha também todo esse (pausa), não é dificuldade, mas é mais delicado, com crianças grandes, porque hoje essas crianças têm uma voz muito forte, então a juíza quer escutar se elas aceitam. Para a gente, não foi difícil, mas a juíza teve que escutar se aquelas crianças gostariam de ser adotadas por dois pais", contou, que continuou dizendo que os filhos precisam estar preparados para a sociedade:

"Começou uma preparação tanto nossa, porque a gente estava emocionalmente envolvido com a história, e eles. A gente fez questão que eles se preparassem para aquilo. Não era só falar: 'Eu quero. Porque eu estou grande, não tenho mais opção'. Não, a gente começou a ter um contato direto por vídeo... E a gente praticamente todos os dias se falava por vídeo. Durante um mês a gente ficou assim e esperando um contato para saber como é que aquilo ia prosseguir".

"Eles fizeram um curso (para entender a homoafetividade) e a gente tentou passar para eles o tempo inteiro com a maior naturalidade do mundo que são duas pessoas que se amam. Então, assim, não tinha beijinho, não tinha abraço... Era uma coisa assim, a gente agia normalmente, não por a gente esconder ou omitir nada. Na verdade, nós não somos um casal assim tão explícito, a gente não se mostra tanto. A gente é mais reservado, mas é uma opção nossa. Não é uma coisa que a gente evita. Eu acho até estranho aquelas pessoas que beijam na escada rolante (risos)... E a gente foi tocando e eles foram entendendo. Eles, desde o primeiro dia, tranquilos, felizes da vida e entendendo como a coisa funciona", finalizou.

Assista à entrevista completa: