Nova lei pede que Dr. Luke prove supostas difamações de Kesha
Colaboração para o UOL, em São Paulo
30/06/2021 17h08
A cantora Kesha usou uma nova lei de Nova York aprovada em novembro de 2020, que defende a liberdade de expressão durante processos, diante das acusações de difamação movidas pelo produtor musical Dr. Luke.
Segundo o Page Six, a juíza da Suprema Corte de Manhattan, Jennifer Schecter, concordou que a nova lei poderia ser aplicada no processo. Dessa forma, ele precisará comprovar as suportas declarações difamatórias da artista.
Ambos estão em batalhas judiciais há 7 anos. Ele abriu um processo de difamação contra a artista após ser acusado de abusos sexuais e emocionais por ela em 2014. Na época, Kesha também pediu anulação de contrato com o produtor.
A determinação também fará com que Dr. Luke pague os honorários legais de Kesha caso suas reivindicações sejam negadas.
De acordo com a publicação, o processo movido por difamação fica dependente do resultado sobre a investigação de abusos sexuais, em que o produtor também precisa comprovar que não cometeu. Um novo julgamento sobre o caso está previsto para outubro.
Este cenário traz uma "reviravolta" no caso, em que Dr. Luke era a parte acusatória e aguardava a defesa de Kesha comprovar que as declarações jurídicas da cantora, que não chegaram a ser públicas, não eram difamatórias.
Acusação de abuso sexual
Após o processo aberto por Kesha em 2014, ela também afirmou em um áudio que Dr. Luke foi responsável por estuprar a também artista Kate Perry, o que foi negado por ela em depoimento.
A artista chegou a desistir do caso em 2016, mas o produtor musical seguiu com a acusação de difamação no tribunal de Nova York.
Antes da denúncia, Dr. Luke foi produtor executivo dos dois discos de Kesha. A artista chegou a reclamar publicamente no Twitter sobre interferências da gravadora em letras de suas músicas, o que fez os fãs se manifestarem contra o vínculo.