Mulher é demitida após faltar trabalho e ser flagrada em jogo da Inglaterra

Nina Farooqi, produtora de conteúdo inglesa de 37 anos, acabou sendo demitida após ser flagrada na semifinal da Eurocopa no jogo da Inglaterra contra a Dinamarca na última quarta-feira (7), do qual os ingleses saíram vitoriosos por 2 a 1.

Horas depois do jogo, Farooqi recebeu uma ligação de seu chefe a informando da demissão. O motivo? A inglesa se ausentou do trabalho alegando estar doente e foi flagrada vibrando o gol de Harry Kane no estádio de Wembley, Londres.

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"É uma mistura de emoções: chegamos à final, ainda estou em alta, mas também perdi meu emprego", disse ela ao The Telegraph. "Minha amiga ganhou o ingresso e sabia que eu faria qualquer coisa para chegar ao jogo — não tinha como recusar", contou Farooqi.

"Isso não acontecia desde 1996, me lembro vividamente de chorar no sofá da minha mãe quando Gareth Southgate errou seu pênalti, e a fã de futebol em mim simplesmente não conseguia. O futebol é a minha vida", afirmou a torcedora.

A produtora de conteúdo digital contou que achava improvável conseguir um dia de folga devido ao número reduzido de profissionais no trabalho e decidiu, então, ligar e dizer que estava doente.

Farooqi contou que temeu ser pega ao ver que seus assentos ficavam logo atrás do gol, mas que pensou ser improvável graças a quantidade de pessoas no local. Porém, sua comemoração ao gol de Harry Kane foi parar em vários noticiários ao redor do mundo e até no story do Instagram de Stacey Dooley, apresentadora inglesa.

"Meu rosto estava ligado em todas as telas de televisão do mundo, amigos da Austrália e dos Estados Unidos me dizendo que me viram. [...] Meu telefone explodiu. O mundo inteiro me viu celebrando. A racional parte de mim pensou: 'Oh não, isso vai voltar para me assombrar?'", disse ela.

No dia seguinte, antes de seu horário de trabalho, Farooqi recebeu a ligação informando a demissão. "Eles disseram que viram que eu tinha ido ao jogo e fui honesta sobre o motivo. Mas não recebi nenhuma simpatia e eles disseram que é isso. Essa é a decisão deles e a consequência do que eu fiz. Há um pouco de arrependimento, ninguém quer ser demitido, mas eu também teria odiado o arrependimento de perder o jogo. Eu faria tudo de novo", afirmou ela.

O agora ex-chefe da inglesa disse ao Telegraph que "teria encorajado a participação em uma partida de futebol tão importante", mas como ela mentiu, "violou seu contrato". Ele ainda acrescentou que a empresa vai permitir que todos os funcionários tenham folga para se recuperarem na manhã após a final da Eurocopa.