Caio Junqueira, morto em 2019, vence processo trabalhista contra a Record
Caio Junqueira, morto em janeiro de 2019 após um acidente de carro, venceu um processo trabalhista em segunda instância contra a Record. O ator havia aberto uma ação contra a emissora em 2017, em busca de reconhecimento de vínculo empregatício. O valor da causa é R$ 60 mil.
Ele trabalhou na Record de 1° de agosto de 2008 a 31 de agosto de 2016, tendo atuado nas séries "A Lei e o Crime", "José do Egito", "Milagre de Jesus" e na novela "Ribeirão do Tempo".
Na época, ele foi informado que a emissora não assinaria sua carteira de trabalho e que "seus salários somente seriam pagos por meio de notas fiscais."
No processo, a defesa da Record afirma que "a contratação negociada foi através da empresa" de Caio, a Fuampa Filmes Produções Artísticas.
Diante da morte do ator, sua mãe, Maria Inês de Lima Martins Torres, passou a representá-lo na ação. Pouco tempo depois, porém, ela também morreu. Então, Jonas de Lima Torres Raible, irmão dele, assumiu a causa como sucessor de Caio.
Procurado pelo UOL, o Tribunal Regional do Trabalho da 1ª Região Jurisdição no Estado do Rio de Janeiro esclareceu que a Record chegou a vencer o processo em primeira instância, mas a defesa de Caio recorreu e a 8ª Turma do TRT entendeu que, de fato, havia vínculo empregatício entre as partes.
O quadro fático demonstrou que a prestação de serviços se deu com a presença dos elementos característicos do contrato de trabalho. diz a decisão
Também procurada pela reportagem via assessoria de imprensa, a emissora disse que não comenta questões jurídicas.
O julgamento foi concluído no dia 25 de maio de 2021. No acordo, as partes opuseram embargos e haverá outra sessão de julgamento virtual, que começa hoje e acaba na próxima quarta-feira (18).
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