Ana Maria: 'Tem que discutir o porquê a vacina não chegou antes no Brasil'
A apresentadora Ana Maria Braga rebateu comentários negacionistas sobre o funcionamento das vacinas contra a covid-19, principalmente após a morte do ator Tarcísio Meira em razão das complicações da covid-19.
Aos 85 anos, ele havia recebido as doses. De acordo com o imunologista Gustavo Cabral, colunista de VivaBem, as vacinas disponíveis atualmente no Brasil são seguras e bastante eficazes. No entanto, nenhuma vacina — e não apenas as contra o novo coronavírus — protege 100%. "Elas não são um 'escudo mágico'", diz o especialista. As pessoas completamente vacinadas representaram somente 3,68% das mortes por covid-19 que ocorreram no Brasil entre 28 de fevereiro e 27 de julho.
Ana Maria reforçou o discurso científico e lembrou que as vacinas, em massa, são importantes para a proteção de toda a população. Ela lembrou que teve a doença já vacinada e teve sintomas brandos.
Como sabem, tive covid um mês atrás e se não tivesse tomado vacina, por conta das minhas comorbidades, provavelmente não estaria conversando com vocês aqui agora. Tem que se discutir é por que essa vacina não chegou antes no Brasil, por que que mais gente não está imunizada há mais tempo para que se tenha menos possibilidade de infecção de outras pessoas. Ana Maria Braga
Em junho, o vice-presidente da CPI da Covid, senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), afirmou que a Pfizer enviou 81 e-mails ao governo brasileiro para tratar de vacinas contra o coronavírus. O primeiro teria sido em 17 de março de 2020, no início da pandemia.
Ana Maria não responsabilizou nominalmente nenhuma autoridade ao questionar a demora.
Abertamente, ela afirmou que tomou o imunizante desenvolvido pelo Instituto Butantan, em São Paulo, e a farmacêutica Sinovac. A CoronaVac é alvo de mentiras do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), que já disse que ela "não deu certo" e que "não tem comprovação científica".
Ao contrário do que diz Bolsonaro, um estudo em Serrana, no interior de São Paulo, mostrou que, com quase 70% da população vacinada com duas doses da CoronaVac, houve queda de 86% nas internações, 81% nos casos sintomáticos e 95% nas mortes por covid-19.
Vale ressaltar que as vacinas que estão sendo aplicadas no Brasil foram autorizadas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) em caráter definitivo ou de forma emergencial. Todas elas passaram por avaliações do órgão regulador que comprovaram a sua eficácia, qualidade e segurança, após testes clínicos com milhares de pessoas.
O próprio Instituto Butantan responde dúvidas de seguidores no Twitter da instituição e rebate as desinformações sobre o imunizante.
Claro que tem que tomar vacina! A discussão é para outro lado. Se não tivesse tomado as doses da CoronaVac, posso falar isso com tranquilidade, eu não taria [aqui], como muitos não tiveram [a chance de tomar] a vacina e tantos se foram. Ana Maria Braga
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