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Huck relembra em livro acidentes de avião e com o filho: 'angústia e dor'

Luciano Huck, Angélica e os filhos Joaquim, Eva e Benício - Reprodução/ Instagram
Luciano Huck, Angélica e os filhos Joaquim, Eva e Benício Imagem: Reprodução/ Instagram

Do UOL, em São Paulo

05/09/2021 10h23

Dois momentos dramáticos vividos pela família de Luciano Huck e Angélica são relembrados pelo apresentador no livro que ele acaba de lançar, "De porta em porta". Huck conta que considerou um "milagre" a família ter saído vida da queda de um avião em 2015, e disse que as horas após o acidente aquático com o filho Benício foram de "angústia e dor".

"Faltando cerca de 130 quilômetros para o aeroporto de Campo Grande, o barulho do avião mudou. O painel mostrava que um dos motores havia apagado. Dali em diante, vivemos os piores quatro minutos das nossas vidas", escreve ele sobre o acidente aéreo.

O avião bimotor em que ele estava com Angélica e os filhos caiu no Mato Grosso do Sul, enquanto a família deixava o Pantanal.

"O avião passou a perder altura mais rapidamente. O nervosismo tomou conta de todo mundo. O olhar dos nossos filhos se enchia de medo. O comandante curvou o bimotor para outro lado, na direção de Campo Grande. As crianças começaram a gritar. Já não havia dúvidas de que não chegaríamos ao aeroporto", continua o apresentador.

Ele ainda conta que acreditava que os pilotos não conseguiriam pousar o avião e que sentiu a "presença da morte".

"'Nós não vamos pousar, nós vamos cair', falei para eles, olhando cada um nos olhos. 'Todo mundo bota o cinto e abaixa a cabeça'. Benício (o filho do meio) estava diante de mim. Angélica estava frente a frente com Joaquim (o primogênito). Léa (a babá) agarrou Eva (a filha). Segundo depois, já perto do solo, os pilotos desligaram os motores. Foi então que se deu aquele silêncio estranho, que parece prenunciar a presença da morte".

O acidente impactou a família emocionalmente. Um trauma que ele diz que todos foram superando juntos. "Conversamos sobre o acidente durante o jantar, antes de dormir, elaborando tanto sobre o trauma quanto sobre a nossa sorte. (...) Caberia a nós, dali para frente, transformar aquela experiencia numa forma nova e melhor de conduzir a vida".

Quatro anos depois, em 2019, a família passaria um novo susto. Benício, filho do meio, bateu a cabeça enquanto praticava wakeboard em Angra dos Reis, no Rio. Com 11 anos na época, o jovem caiu e foi atingido na cabeça pela própria prancha. Ele teve traumatismo craniano e precisou ser operado às pressas.

"Como pais, Angélica e eu vivemos nossas horas de maior angústia e dor. Essas lembranças ainda latejam e doem. A queda de Beni instaurou o horror súbito", relatou Huck no livro. "Vi minha mulher, a fortaleza da família, ajoelhada e rezando por mais de cinco horas sem parar. Vi uma mãe se jogar no chão de desespero, entre gritos e lágrimas, na porta de um centro cirúrgico. Senti minha vida perder o sentido em meio a tanto medo", escreveu.