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Sergio Marone volta a cobrar Frias na Cultura: 'Tá se fazendo de sonso'

Sergio Marone fez novas críticas ao secretário especial de cultura Mario Frias - Reprodução/Youtube
Sergio Marone fez novas críticas ao secretário especial de cultura Mario Frias Imagem: Reprodução/Youtube

Do UOL, em São Paulo

16/09/2021 13h39Atualizada em 16/09/2021 13h39

O ator e apresentador Sergio Marone continuou seu posicionamento crítico e questionou o secretário especial de Cultura sobre investimentos em artistas e no setor. Ontem, Marone já havia criticado Frias e sugeriu que ele só trabalhou na TV como ator devido aos "seus olhos azuis".

Hoje, ele disse que Frias reconhece que artistas circenses, de teatro, cantores e atores de companhia independentes precisam de fomento através de recursos, como o projeto de Lei Paulo Gustavo, alvo de críticas por parte de Mario Frias.

Sim, eles [ignorantes] acham que cultura se faz só com artista global e cantor famoso. Já o secretário de cultura que tentou carreira artística sabe muito bem, mesmo nunca tendo feito teatro. Tá se fazendo de sonso ou é uma questão de caráter mesmo? As duas coisas? Sergio Marone em publicação no Twitter

A discussão entre eles começou com Mario Frias dizendo que o projeto com nome do humorista Paulo Gustavo faria do governo "um caixa eletrônico compulsório". O PL, na verdade, prevê injetar R$ 4,3 bilhões do orçamento do governo nos setores cultural e audiovisual considerando os prejuízos ao setor com a pandemia e visando estravar parte dos recursos do Fundo Nacional da Cultura e do Fundo Setorial do Audiovisual.

Ontem, a matéria teve votação adiada pelo Senado, motivo de elogios por parte de Frias. Marone questionou o porquê da comemoração já que, segundo ele, os investimentos seriam necessários ao setor.

Isso, deixa um monte de ex colegas seus passando fome. Entendo seu amargor por não ter seguido na carreira artística, mas entenda. Não fosse seus olhos azuis, jamais teria uma oportunidade na TV. Sergio Marone em publicação no Twitter

O secretário especial de Cultura e ex-ator de "Malhação" afirmou que o investimento em outras áreas é prioritário ao responder Marone.

Claro, Morango, vou deixar de criar um curso profissionalizante, para capacitar jovens de baixa renda no mercado de trabalho, aprendendo programação, design gráfico, criação de roteiro, produção musical etc, para dar dinheiro para ex-colega famoso. Vai esperando. Mario Frias em publicação no Twitter

Ontem, Sergio Marone também questionou Frias sobre um suposto investimento do SEFIC (Secretaria de Fomento e Incentivo à Cultura) em um projeto de Renan Bolsonaro, filho do presidente Jair Bolsonaro (sem partido).

Frias é secretário especial da Cultura há quase um ano e três meses. Na sua administração, a Lei Rouanet ficou "travada", como mostrado por Splash — apesar do decreto assinado por Bolsonaro que cita incentivo às Belas Artes (arquitetura, pintura, escultura, música, dança, teatro e literatura). O programa deve ter um plano anual que será desenvolvido pela Secretaria especial de Cultura, chefiada hoje por Frias.

Ainda na administração Frias, a Cinemateca Brasileira galpão sofreu um incêndio em um galpão em São Paulo. A instituição é vinculada com a secretaria do ex-Malhação e com o ministério do Turismo. O incêndio destruiu parte do acervo da Cinemateca Brasileira, que tem cerca de 1 milhão de documentos herdados da antiga Embrafilme.

O MPF (Ministério Público Federal) já havia alertado o governo federal de um risco de incêndio nas dependências da Cinemateca em julho.