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Felipe Neto chama apoiadores de Bolsonaro de 'gado': 'Discurso mudou'

Felipe Neto criticou os apoiadores de Jair Bolsonaro - Reprodução/Instagram
Felipe Neto criticou os apoiadores de Jair Bolsonaro Imagem: Reprodução/Instagram

Colaboração para o UOL

30/09/2021 09h46

O influenciador digital Felipe Neto, de 33 anos, chamou de "gado" os apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), e afirmou que eles não conseguem mais defender alguns membros da família do atual chefe do Executivo Federal, que são citados em escândalos de suposta corrupção praticados durante a vida pública.

Em seu perfil no Twitter, o famoso se refere aos bolsonaristas como "gado" e diz que, em meio a denúncias contra a família Bolsonaro, eles "mudaram o discurso" anticorrupção para defender o presidente e seus filhos.

"Surgiu um novo tipo de gado. Como ficou impossível defender que a família Bolsonaro é livre de corrupção, o discurso mudou. Agora eles gritam: 'chora bebê, se fosse o PT roubavam mais, é isso aí mesmo, só chora'. Ou seja, eles agora celebram a corrupção porque é do lado deles", escreveu.

Corrupção envolvendo a família Bolsonaro

O presidente Jair Bolsonaro, o senador Flávio Bolsonaro (Patriota-RJ) e o vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ), respectivamente filho 01 e 02 do mandatário, são investigados por suposta prática de rachadinha, que é a entrega ilegal de salários dos assessores.

O uso recorrente da rachadinha pela família Bolsonaro tem relação com a época em que Jair era deputado federal pelo Rio de Janeiro, Flávio assumia a função deputado estadual pelo Rio e Carlos já atuava como vereador da capital fluminense.

Em março, o UOL detalhou como funcionava a "anatomia da rachadinha" dentro da família Bolsonaro, com indícios de que o esquema criminoso também ocorria nos gabinetes do hoje presidente da República.

O escândalo das rachadinhas veio à tona em 2018 e, inicialmente, com suspeitas referentes ao agora senador Flávio Bolsonaro. De acordo com o MP-RJ (Ministério Público do Rio), o filho 01 do presidente seria o líder de uma organização criminosa, que contava com a participação de seu ex-assessor e amigo íntimo da família Bolsonaro, Fabrício Queiroz.

Na semana passada, a colunista do UOL, Juliana Dal Piva, mostrou que na decisão que autorizou a quebra de sigilos bancário e fiscal de Carlos Bolsonaro, o juiz Marcello Rubioli, da 1º Vara Criminal Especializada do TJ-RJ (Tribunal de Justiça do Rio), avaliou os dados apresentados pelo MP-RJ, e escreveu ao longo de 79 páginas que verificou "indícios rotundos de atividade criminosa em regime organizado" e que o vereador "é citado diretamente como o chefe da organização" criminosa.