Difícil imaginar hoje que, até pouco tempo atrás, Fabíola Reipert era um rosto pouco conhecido do público. A jornalista de 46 anos já "causava" com o seu blog sobre o mundo dos famosos, mas não pensava em passar para a frente das câmeras.
O convite para estrear uma atração na TV com as mesmas notas provocativas que publicava na internet ocorreu há cinco anos. "A Hora da Venenosa" apareceu como um pequeno quadro dentro do Balanço Geral, em que divide a bancada com Reinaldo Gottino e Renato Lombardi.
A mistura de programa policial com notícias sobre celebridades e uma pitada de humor trash, bastante improvável até hoje, deu certo: começou com 15 minutos em 2014, passou para 45 e hoje tem uma hora de duração, ocupando um terço do programa.
Mais do que isso: é líder de audiência há exatos doze meses e apontado por mudanças na programação da líder Globo, como a extinção do tradicionalíssimo "Vídeo Show", no ar por 36 anos, e mudanças no tempo de duração do "Jornal Hoje". Vitórias que ela comemora com um sorriso tímido:
Ganhar da Globo sempre terá um gostinho diferente, de satisfação.
Apesar das frequentes vitórias num dos horários mais disputados pelas emissoras, Fabíola garante que não fica "paranoica" com os números e é cautelosa nas palavras. Não quer passar a imagem de "arrogante" ou "nariz empinado", como ela mesma diz.
"Até porque a vida é uma roda gigante: hoje você está aqui em cima, amanhã pode não estar mais", pondera.
Durante 50 minutos de conversa, Fabíola relembra a mudança inesperada para televisão, a decisão de segurar a língua afiada e as "dezenas" de processos de que já foi alvo ao longo dos 21 anos de carreira.
Na entrevista a seguir, ela também critica o que chama de "mundo hipócrita e pantanoso das celebridades" e confirma ter sido procurada pelo SBT.