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Juju Salimeni fala sobre umbanda, carreira, solteirice e bissexualidade

 Juju Salimeni fala sobre religião, carreira, solteirice e bissexualidade - Divulgação/E!
Juju Salimeni fala sobre religião, carreira, solteirice e bissexualidade Imagem: Divulgação/E!

Colunista do UOL

31/10/2019 18h07

Prestes a fazer sua estreia como apresentadora no canal "E! Entertainment Brasil", a ex-panicat e musa fitness, Juju Salimeni, recebeu a Coluna do Leo Dias em um famoso hotel cinco estrelas em São Paulo. Usando um elegante blazer vermelho, a loira falou sobre seu novo reality show "Juju Boot Camp", o fim do seu casamento, religião e bissexualidade.

Coluna do Leo Dias - Vamos falar sobre o "Juju Boot Camp"? De onde surgiu essa ideia e o que a galera pode esperar do programa?
O "Juju Boot Camp" era um sonho meu, um projeto que eu já tinha em mente há muitos anos, porque eu queria fazer um reality para mulheres.
É uma competição entre mulheres, meio militar, que não tem como objetivo qual é a mais bonita, qual é o corpo melhor e, sim, aquela que vai conseguir passar pelos desafios tanto físicos quanto psicológicos. É uma coisa bem dura, bem difícil e eu até fiquei com dó das meninas!
Além disso, as meninas que participaram têm perfis completamente diferentes: todas as idades, morena, loira, ruiva, magra, mais gordinha, mais cheinha, de todos os lugares do Brasil, então não precisa ser um exemplo de corpo sarado ou só fazer musculação, mas todas ali têm uma noção de treino.

Já tem data de estreia?
Ainda não foi ao ar e a gente está ainda analisando qual vai ser a data.

Todo mundo já sabe que você e o Felipe Franco se separaram. Juju, por que vocês tomaram essa decisão? Você está feliz?
Sim! Com certeza, estou feliz. Estou numa fase nova como se eu tivesse renascido, é tudo novo, mas eu jamais vou falar que a minha fase antiga do relacionamento foi horrível, afinal foram 14 anos juntos! Tudo foi um aprendizado, tiveram momentos maravilhosos, tiveram momentos muito complicados... como todo relacionamento, né? Não existe só perfeição, e chegou uma fase em que eu precisava seguir sozinha, que eu precisava sair do casulo. E hoje estou assim, realizada, plena, tranquila e feliz. Realizada tanto pessoal quanto profissionalmente.

Quando você diz "sair do casulo", significa que foi você que tomou a decisão de se separar?
Eu não estava bem comigo, passei por um problema de depressão, então eu não estava bem comigo mesma!
Quando você não se encontra e não está bem com você mesma, não tem como você fazer a outra pessoa feliz. Hoje eu enxergo isso!
Então, hoje eu estou cem por cento preparada para viver outro relacionamento, ou não, ou ficar sozinha, solteira... Viver a vida!

Estivemos juntas semana passada em um evento e você comentou comigo que a sua religião te ajudou muito, principalmente com relação à depressão e síndrome do pânico.
Sim, me ajudou muito!

Religião é uma coisa que, quando eu fui pesquisar a seu respeito, percebi que você falou pouquíssimas vezes sobre. Por quê? Tem muito preconceito em cima da sua religião?
Sim, gigantesco. Na verdade, no fundo todo mundo tem curiosidade sobre umbanda e candomblé, tem interesse, mas infelizmente a ignorância no Brasil ainda é muito grande, muita gente leva para o caminho ruim, para a imagem ruim. É difícil você desmistificar, então nunca falei, prefiro não falar sempre, mas nunca nego. Sou filha de orixá, eu sou feliz assim. Acho que hoje tem muitas artistas que estão falando sobre isso: a Anitta, Ivete... e isso eu acho muito legal. Na fase complicada pela qual passei foi essencial. Deus está em todas as religiões, Deus está em todos os corações bons, em todo mundo que quer fazer o bem e não importa qual é a religião. Eu sou desse pensamento e, através da minha religião, Deus me salvou.

Mas qual é o julgamento a respeito da sua religião que mais te chateia?
As pessoas falam que fazem trabalho para o mal, coisa ruim. Muita gente pensa que é do mal...

E fazem?
Não, não! Não na minha, não na umbanda, não no candomblé, no espiritismo, não!
A maldade está em outro tipo de segmento, em pessoas que nem acreditam em Deus. É outra história, não existe maldade nessas religiões, não existe. É tudo caridade, é tudo ajuda ao próximo, e eu quero muito que as pessoas possam entender. Infelizmente tem muita intolerância, tem muita gente que não respeita! Frequento outras igrejas também, como a católica, já fui à igreja evangélica e gosto de tudo que me faça sentir bem.

Juju Salimeni comandará o reality show "Juju Boot Camp" - Divulgação/E! - Divulgação/E!
Imagem: Divulgação/E!

Vi um trecho do teu canal em que você fala sobre atração. Você tem atração por mulheres, se considera bissexual?
Sinto atração por mulheres sim, mas no sentido de admiração! Sei admitir e olhar para uma mulher e reconhecer que ela é linda. Na minha opinião, mulher é muito mais bonita do que homem, mulher tem uma beleza diferente. O corpo da mulher é muito mais maravilhoso. Mulher coloca uma roupa diferente por dia, homem está sempre igual: calça, camiseta e tênis. Mulher é uma beleza milhões de vezes melhor, mas não, eu não sou bissexual, sou hétero! Gente, nada contra, jamais, imagina, até porque se eu fosse teria mais opções. Rs

Existe diferença entra a JuJu Salimene e a Juliana?
Muita! A Juju é um mulherão, sensual e solta, já a Juliana é supertímida!

Isso atrapalha na hora da paquera? Ter essa imagem de mulherão, gostosona?
Ahh, atrapalha! Porque ou os homens ficam com medo ou na hora que vão me conhecer, pensam: nossa, mas ela é tão quieta, tímida e tal...
Quando eu conheço alguém, eu preciso de um tempo, eu preciso conhecer a pessoa, eu não consigo encontrar alguém e já ficar.
Eu não consigo, eu preciso criar um clima, encontrar uma vez, encontrar outra vez. Eu sou "véia" (risos), eu sou das antigas!

Você está aberta para um novo amor?
Não estou procurando, mas, tipo assim, se aparecer, apareceu... fazer o quê? Mas não tenho a intenção agora de um relacionamento fixo.

*Com reportagem de Gaby Cabrini

Blog do Leo Dias