Deborah Secco: "App de capítulos de novelas vão mudar a teledramaturgia"
A notícia do fim do tráfico de capítulos de novelas da Globo, após a criação de um aplicativo que restringe a distribuição do conteúdo escrito pelos autores a atores e equipe de produção, está dando o que falar, especialmente nas redações de publicações e sites especializados no assunto. A novidade, por enquanto restrita à produção de "Amor se Mãe", realmente promete ser revolucionária, e quem compartilha dessa opinião é a atriz Deborah Secco, que em breve estará no ar em "Salve-se Quem Puder", próxima novela das 19h.
"Isso vai mudar a teledramaturgia. A gente vai conseguir fazer suspense no último capítulo, de fato, pela primeira vez na vida.", diz a atriz, que ainda se mostra bastante admirada com a criação do aplicativo. "Nunca imaginei que fosse ver isso acontecer de verdade.", conta ela.
Mas, talvez, Deborah esteja comemorando antes do tempo. Jornalistas que cobrem Televisão não veem que o uso do app vá dificultar a cobertura das novelas e a descoberta de "furos" de próximas cenas. É o caso de Carla Bittencourt, da coluna "Telinha", do jornal Extra, que revela que nunca participou do "tráfico de capítulos". "Eu nunca comprei capítulo de novela. Nunca. Sempre os consegui com amigos meus da produção, do elenco.", diz ela, que conta que noticiar momentos importantes de uma novela nada tem a ver com ter os capítulos em mãos. "Eu dei o final de "Avenida Brasil" sem ter os capítulos. Passei muito tempo ao telefone, fui para a rua acompanhar gravações externas. No fim da "Força do Querer", também fui acompanhar gravação na rua. Assim, descobri que a Bibi [Perigosa, personagem de Juliana Paes], era presa.", revela.
Segundo a colunista, a falta dos capítulos só está preocupando jornalistas preguiçosos. "Quem é 'repórter raiz' não está desesperado, não. Eu não estou. Tenho bons amigos e vou conseguir dar as tramas como sempre dei.", diz Carla, que revela que nunca foi tarefa fácil obter os capítulos. "Sempre tive que me pendurar ao telefone, disparar mensagens, pedir, pedir, pedir. Nunca paguei e levei. A diferença, agora, é que vou ter que anotar as tramas ao invés de ler! (risos) Fiz isso no fim de "Espelho da vida", por exemplo. Não tinha capítulo, mas eu tinha amigos.", conta ela.
E gente disposta a falar sobre o que irá acontecer nos folhetins é o que não falta, de acordo com a colunista, que revela ainda que, às vezes, as informações vêm de onde menos se espera. "Já teve autor que me passou o final da própria novela, tá? Me mandou a nota pronta, inclusive!", finaliza Carla.
* Com colaboração de Geizon Paulo
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