Jornalismo de celebridades sofrerá com Coronavírus e precisa se reinventar
Pode parecer fútil em meio à situação de extrema dificuldade que o Brasil passa, por conta do Coronavírus, discutir o futuro do jornalismo de celebridades. Mas a Coluna do Leo Dias não tem problema algum em admitir sua futilidade relevante. Vamos lá: haverá muito menos notícia para gente escrever. É fato. Os artistas produzirão menos arte, sendo assim, teremos menos sobre o que escrever. Haverá menos shows, menos beijo na boca entre famosos, os casais se formarão de uma maneira diferente, a fofoca terá mais dificuldade em circular.
E nós, jornalistas, temos que ficar mais atentos às fakenews, com mais espaço nos sites e nos jornais, vão sobrar aproveitadores que nos passarão mentiras. Nosso trabalho será checar em dobro.
Não haverá novela nova, os atores não farão mais barraco no Projac, e até os paparazzi vão se estapear para fotografar Caetano Veloso atravessando a rua no Leblon. A chance de acontecer um novo escândalo como o de José Loreto, é nula. A opinião terá mais poder nesta fase de escassez de notícia. A experiência e a vivência terão mais valor. A imprensa novata sofrerá.
Mesmo sem produzir produtos novos, a TV aumentará sua audiência porque o tempo ocioso do brasileiro aumentará.
Mas o que já está crescendo de forma significativa são as redes sociais, que não exibem reprise como a TV, e vão explodir de audiência. A audiência dos sSories do Instagram nesta quarta foi enorme. E a tendência é aumentar. Ontem, o Instagram bombou com inúmeras "lives" (transmissões ao vivo) de artistas, recolhidos em quarentena. Mas o destaque veio com Ivete Sangalo aprendendo a tocar as músicas que ela gosta de tocar. No meio da live, surge Bruno Rocha, o Hugo Gloss, e conta que Boninho convidou a cantora para entrar ao vivo no "Big Brother Brasil". Agora é assim. Essas serão as novas notícias. Tudo via web. Aliás, o consumo via internet vai disparar. As relações interpessoais vão mudar, haverá menos toque. Os brasileiros se distanciarão.
O tempo ocioso vai aumentar. Paulistas têm mais dificuldade a lidar com o ócio. Cariocas, não. Vão logo para a praia. Aliás, as noites serão bem mais monótonas. Boates e bares farão demissão em massa.
Aliás, é isso o que preocupa mesmo a Coluna Leo Dias: os milhares de trabalhadores que vivem graças aos shows, às peças de teatro e os funcionários terceirizados que as TVs contratam. É hora de repensar a vida e a maneira de ganhar dinheiro. Que Deus nos abençoe.
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