Com publicidade em queda e 'jabá' suspenso, como as rádios vão sobreviver?
Entender o faturamento de uma rádio no Brasil é algo complicado. A ascensão da internet foi um golpe fortíssimo ao faturamento delas, até porque a maneira de ouvir música mudou muito nos últimos anos. Mas rádio ainda faz diferença na carreira de um artista. Vitão, Luisa Sonza e Melin são exemplos da nova geração que só tiveram relevância nacional depois que começaram a tocar em rádio.
Nos últimos anos, a solução para a economia das rádios foi o "jabá", que todo dono de rádio tem o mesmo discurso: "pode até existir, mas aqui nós não praticamos isso". Só que, agora, sem shows, os jabás acabaram temporariamente e o desespero começou a bater, principalmente nas estações menores.
O jabá no Brasil existe de duas formas: em dinheiro ou em data de shows que o artista faz de graça para um evento que a rádio vai fazer o caixa.
Vale ressaltar que a situação é muito pior para as rádios que sempre trataram a internet como uma inimiga, não como uma aliada. Essas, estão fadadas ao fracasso.
Pois é justamente nas grandes adversidades é que surgem as revolucionárias soluções. A ideia de depender exclusivamente de uma programação musical é aterrorizante. Nos dias de hoje, a pessoa tem, na palma da mão, a opção de escolher a canção que gosta e ouvir a hora que quiser.
Então, a dica da Coluna Leo Dias para você, que administra uma rádio musical é criar uma programação mais variada que não dependa de música. Crie programas de debates com música entre os blocos, se a rádio for jovem, que tal um programa de namoro? E, óbvio, crie um canal no YouTube e poste todo o conteúdo. A produção própria eleva a relevância de qualquer empresa. Fuja do óbvio, porque isso todo mundo já fez.
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