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Zezé fala de lives derrubadas: 'YouTube não tem poder para proibir músicas'

Zezé di Camargo - Reprodução/Instagram
Zezé di Camargo Imagem: Reprodução/Instagram

Colunista do UOL

19/04/2020 22h33

Henrique e Juliano começaram sua live nesse domingo (19) reclamando das novas regras do YouTube. Os sertanejos afirmaram que gostariam de cantar músicas de outros artistas, como Zezé di Carmago e Luciano, mas não podiam por não terem os direitos das canções.

"Algumas músicas nós tivemos participações, mas não temos o direito pra gravação. O YouTube entende que fazer uma live e deixar no canal é uma gravação. Eu não concordo. Mas não quero nossa live derrubada", disseram na transmissão ao vivo.

A Coluna do Leo Dias, então, procurou Zezé di Camargo sobre o assunto. Ele se mostrou surpreso com a informação e disse que a plataforma de vídeos do Google não tem poder para proibir músicas.

"Saíram notícias de que as músicas mais cantadas nas lives são de Zezé di Camargo e Luciano. Wesley Safadão, Alexandre Pires, César Menotti e Fabiano, Gusttavo Lima cantaram. Todos cantaram músicas nossas, não estou entendendo por que o Youtube proibiu", disse o cantor com ar de surpresa, que ainda afirmou: "Sinceramente, acho que o YouTube não tem poder para proibir as músicas, são nossas, quem manda nas músicas são os cantores e editora".

Zezé fez questão de frisar que a regra de proibir artistas de cantarem suas músicas é do YouTube, não sua:

"Única coisa que eu não quero é que achem que sou eu que estou proibindo de cantarem. Se é o YouTube, eu não sei que regra é essa e o que exigem. Não entendi e não sei como vai ser feito. Então, quer dizer que se eu quiser cantar uma música de outro artista eu tô f***? Complicado".

Pedro Mota, empresário de César Menotti e Fabiano explicou para a Coluna sobre a notificação que recebeu da plataforma de vídeos:

"O YouTube avisou a gravadora que ia derrubar o vídeo e dar um strike. Se você leva vários strikes, eles vão lá e penalizam o canal até com o fechamento dele, se levar três notificações. O YouTube informou a gravadora que ia derrubar o vídeo dizendo que era melhor tirar do ar porque poderia perder o canal do artista. A gravadora avisada por causa dos comerciais, tirou do ar e, depois de tirarmos os comerciais do meio, foi que publicamos de novo. Tudo orientado pelo YouTube".

A Coluna já tinha mostrado que pelo Youtube há como o dono da música faturar com outra pessoa utilizando sua canção. A plataforma identifica quando uma pessoa utiliza a arte de outro e informa ao dono do direito autoral. A partir daí, ele pode selecionar uma opção: deixar que um terceiro use sua música sem problemas e não ganhar nada em troca, deixar que a canção seja executada mas levar a monetização através dos anúncios do vídeo do outro ou derrubar o conteúdo publicado por não permitir a utilização.

Além disso, o Youtube tem acordos com Ecad e gravadoras. O site paga um valor através das assinaturas da versão Premium quando a música é executada ou uma porcentagem do anúncio que esteja no vídeo do cantor na versão para não assinantes.

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