Príncipe Andrew está se escondendo de acusação de abuso, dizem advogados
Os advogados de Virginia Giuffre, a mulher que acusa o príncipe Andrew de abusar sexualmente dela quando era menor, disseram ontem que o filho de Elizabeth 2ª tem se escondido para tentar evitar receber os documentos oficiais da queixa apresentada em Nova York.
"Giuffre acredita que o serviço já foi prestado ao Príncipe Andrew, e a Autoridade Central do Reino Unido aceitou seu pedido para que eles mesmos o fizessem", declarou o advogado da acusação, David Boies, em um documento do tribunal arquivado ontem.
A notificação não deve ser um jogo de esconde-esconde atrás das paredes do palácio.
A equipe de acusação de Giuffre relatou ainda os extensos esforços para servir adequadamente o processo, inclusive enviando os documentos por e-mail e correio, além de arquivá-los pessoalmente no Supremo Tribunal de Justiça do Reino Unido, aos advogados do príncipe.
Ainda houve tentativa de deixá-los nos escritórios e residência do membro da família real britânica.
Giuffre alega em sua queixa que aos 17 anos foi forçada a fazer sexo com Andrew, o que lhe teria sido ordenado por Jeffrey Epstein, magnata morto em 2019 e que era acusado de dirigir uma rede de tráfico sexual infantil ligada a figuras de destaque nos negócios e na política.
Epstein foi encontrado morto em agosto de 2019 em uma cela de Nova York logo após sua prisão, enquanto aquela que é apontada como seu braço direito, Ghislaine Maxwell, permanece em outra prisão na mesma cidade, acusada de ajudar o empresário a recrutar menores para suas atividades de tráfico sexual.
A primeira audiência preliminar no processo contra o príncipe foi realizada na última segunda-feira (13). O seu advogado, Andrew Brettler, contestou que os autos foram devidamente atendidos e pediu que lhe fosse fornecido um suposto acordo extrajudicial que exoneraria seu cliente de qualquer responsabilidade.
A próxima sessão do tribunal está agendada para 13 de outubro.
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