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Ricardo Feltrin

Além de demissões, SBT propõe alterar funções e reduzir gastos

Silvio Santos, dono do SBT - Divulgação/SBT
Silvio Santos, dono do SBT Imagem: Divulgação/SBT

Colunista do UOL

18/10/2019 10h26

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Os cortes de pessoal no Grupo Silvio Santos e no SBT devem continuar nos próximos dias e, como esta coluna antecipou ontem, devem atingir a pelo menos 150 pessoas.

As demissões já vinham ocorrendo pontualmente nas últimas semanas, mas ontem elas se intensificaram

Além de cortes, a direção do SBT chamou vários funcionários e, em vez de demiti-los, propôs ao mesmo tempo uma mudança no cargo ou na carga horária. Consequentemente haveria uma redução de ganhos.

Os cortes sugeridos variam de 10% a 30%, mas sabe-se que alguns funcionários não aceitaram a redução.

Vale lembrar que no caso de contratos por CLT (carteira) a empresa não pode de forma alguma reduzir o salário. Mas, com alguns PJs, é possível negociar.

As demissões estão ocorrendo em praticamente todo o Grupo Silvio Santos, que enfrenta profunda crise financeira. O grupo, como um todo, já não dá lucro há anos.

A crise no grupo SS cresceu no início da década com o escândalo do banco Pan-Americano.

Empresas como Jequiti Cosméticos viraram um "ralo" de prejuízos. O próprio SBT, cujo faturamento estimado anualmente é de R$ 1 bilhão, também tem empatado receitas e despesas, ficando no zero a zero.

Embora muita gente possa pensar que toda essa crise deriva da falta de gastos publicitários do governo, é bom lembrar que: 1) os anúncios federais nunca foram volumosos o suficiente para "sustentar" qualquer TV aberta; no caso do SBT nunca chegaram a 10% ; 2) o governo está, sim, gastando em publicidade em TV aberta. Não muito, mas está.

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