Corpo de Marcelo Rezende é acompanhado por multidão em cortejo em SP
Após ser velado na Assembleia Legislativa de São Paulo, o corpo de Marcelo Rezende seguiu para cortejo em cima de um carro de bombeiros, em São Paulo, na tarde deste domingo (17).
Diversos amigos, familiares e profissionais da televisão que trabalharam com o jornalista se despediram do colega. Aos gritos de "Marcelo, Marcelo", uma multidão também acompanhou o cortejo.
O padre Juarez de Castro fez a última reza antes do caixão ser fechado, às 15 horas.
O corpo de Marcelo Rezende será levado para sepultamento no cemitério de Congonhas, na zona sul da capital paulista, em uma cerimônia íntima, apenas para familiares e amigos mais próximos.
A pedido da própria família, a TV Record decidiu encerrar a transmissão ao vivo por volta das 15h20.
Luta contra o câncer
O jornalista morreu neste sábado (16), aos 65 anos, após lutar durante quatro meses contra um câncer no pâncreas e no fígado. A informação foi noticiada no "Cidade Alerta", programa que ele apresentou durante seis anos.
Marcelo Rezende estava internado desde a última quarta, com um quadro de pneumonia, no hospital Moriah em São Paulo, ligado à Igreja Universal do Reino de Deus. O jornalista deixa cinco filhos, de cinco relacionamentos diferentes, e duas netas, além da namorada, Luciana Lacerda.
"Com profundo pesar, comunicamos o falecimento do jornalista e apresentador Marcelo Rezende, 65 anos, às 17h45, no dia 16 de setembro de 2017, no Hospital Moriah, em São Paulo", informou o hospital, em nota à imprensa.
Nas redes sociais, companheiros de trabalho e amigos, entre eles, Ticiane Pinheiro, Amaury Jr. e a cantora Simony, lamentaram a morte.
Trajetória
Marcelo Rezende chegou à televisão somente em 1987, como repórter e editor do "Globo Esporte", na TV Globo. Dois anos depois, foi transferido para a cobertura policial e estreou com o assassinato do empresário José Carlos Nogueira Diniz Filho.
Nos anos 90, Rezende destacou-se como repórter investigativo e conquistou notoriedade com o caso da Favela Naval, exibido no "Jornal Nacional" de 31 de março de 1997, em que policiais foram registrados por um cinegrafista amador torturando e atirando em pessoas em Diadema, na Grande São Paulo.
Tornou-se apresentador em maio de 1999, no relançamento do programa "Linha Direta", que reconstituía crimes não solucionados com a narração impactante do jornalista.
Em 2002, deixou a Globo e foi contratado pela RedeTV!, onde apresentou o "Repórter Cidadão" e o "RedeTV! News". Também passou pela Band, com o programa "Tribunal na TV", em 2010. Na Record, comandou o "Cidade Alerta" em dois períodos: 2004 e entre 2012 e 2017.
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