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Delegado diz que Paula do "BBB" pode pegar até 3 anos de pena se condenada

Paula no "BBB 19" - Reprodução/Globoplay
Paula no "BBB 19" Imagem: Reprodução/Globoplay

Marcela Ribeiro

Do UOL, no Rio

05/04/2019 11h00

O delegado Gilbert Stivanello, titular da Delegacia de Combate a Crimes de Racismo e Intolerância do Rio de Janeiro, disse que há um procedimento instaurado desde o dia posterior à fala ofensiva de Paula no "BBB" sobre a religião de Rodrigo e falou sobre a pena, caso ela seja condenada.

"Trata-se de injúria por preconceito alusivo à religião ", explicou ao UOL.

A pena para o crime de injúria por preconceito varia de um a três anos de reclusão e multa.

"Há outros institutos processuais alternativos aplicáveis que podem evitar a imposição de pena de prisão (reclusão). Nessa parte a resposta ficará com o Judiciário", esclareceu o delegado.

Após o depoimento de Rodrigo hoje, que é uma exigência processual para o prosseguimento do procedimento, já que a ofensa foi dirigida a ele, Paula terá a oportunidade de apresentar sua versão para os fatos.

"Se for concluído que ela tinha o intuito ou sabia da possibilidade de ofender com sua fala, poderá ser indiciada e o Inquérito será relatado e enviado à Justiça Comum. Não cabe Juizado Especial pois a alusão à religião agrava o delito", disse Gilbert.

O delegado afirma que Paula será ouvida assim que for eliminada ou após a final do "BBB", que termina dia 12 de abril.

Em conversa realizada no dia 6 de fevereiro, Paula fez uma série de comentários que foram considerados preconceituosos por vários internautas. Em papo com Diego e Hariany, a sister disse ter medo de Rodrigo por ele ter contato "com esse negócio de Oxum" e garantiu: "Nosso Deus é mais forte".

Em entrevista ao UOL, a irmã e advogada de Paula Mônica von Sperling afirmou que a família estará preparada para uma denúncia de Rodrigo.

"É um direito dele, se por algum motivo se sentiu ofendido. Fico chateada apenas por conhecer a Paulinha e saber que ela jamais agiu ou agiria com o intuito de ofender alguém", disse Mônica.